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Inove como nos Anos 60: Gestão Criativa para o Sucesso Hoje

Descubra como a ousadia dos anos 60 inspira gestão criativa e sucesso atual. Uma crônica envolvente sobre inovação e transformação pessoal.

O vento batia no vidro da janela com um som rouco, quase como um sussurro que carregava segredos de outras eras. Eu estava ali, sentado numa cadeira de madeira que rangia a cada movimento, uma xícara de café fumegante entre as mãos, o calor subindo em espirais que dançavam diante dos meus olhos. Era uma manhã cinzenta, daquelas que parecem pedir silêncio, mas algo no ar – talvez o cheiro de terra molhada ou o eco distante de uma música antiga – me puxava para dentro de mim mesmo. Fechei os olhos por um instante e, de repente, não estava mais ali. Estava em outro tempo, outro lugar, onde o mundo parecia girar mais devagar, mas com uma força que fazia tudo vibrar.

Eu me vi caminhando por uma rua de paralelepípedos, o sol dourado dos anos 60 tingindo as fachadas tortas das casas. Havia um rádio transistorizado apoiado numa mureta, despejando uma melodia cheia de soul, algo entre o balanço de um saxofone e o lamento de uma voz que falava de liberdade. Um homem de terno risca de giz, com um cigarro pendurado nos lábios, gesticulava animado enquanto contava uma ideia maluca para um grupo de amigos. Eles riam, mas dava para ver nos olhos deles aquele brilho – o brilho de quem acreditava que podia inventar o futuro. Eu parei ali, quase invisível, sentindo o peso daquela energia. Era como se o ar estivesse carregado de possibilidades, como se cada passo pudesse abrir uma porta que ninguém nunca tinha ousado girar a maçaneta.

De volta à minha cadeira, o café já estava morno, mas o calor ainda me aquecia por dentro. Pensei em como aqueles anos tinham algo que nos falta hoje: uma ousadia crua, uma vontade de romper as linhas do que era permitido. Não era só sobre música ou roupas coloridas – era sobre gente que olhava para o caos e via uma tela em branco. Gente que juntava pedaços de ideias, como quem monta um quebra-cabeça sem manual, e fazia nascer coisas que ninguém imaginava. Eu já senti isso, sabe? Uma vez, anos atrás, num escritório abafado com paredes bege e carpete gasto, tive um daqueles momentos em que o cérebro parece acender todas as luzes ao mesmo tempo. Era um projeto simples, mas eu vi algo além: uma forma de conectar pessoas, de transformar o jeito como elas trabalhavam juntas. Escrevi tudo num guardanapo, com uma caneta que falhava a cada duas palavras, e depois mostrei ao chefe. Ele riu, disse que era loucura. Mas no fundo, eu sabia que tinha plantado uma semente.

A chuva começou a tamborilar no telhado, um ritmo sincopado que me lembrou das batidas de um coração inquieto. Fechei os olhos outra vez e me vi numa sala cheia de fumaça, o cheiro de tabaco misturado com o de tinta fresca. Havia mesas cobertas de papéis rabiscados, máquinas de escrever tilintando como se fossem instrumentos de uma orquestra improvisada. Alguém gritava uma ideia do outro lado da sala, outro desenhava um esboço numa lousa cheia de riscos. Era barulho, era bagunça, mas era vida. Eu sentia o pulsar daquela energia, como se cada um ali estivesse dançando no limite entre o fracasso e a genialidade. E então, num canto, vi um cara de óculos tortos, com uma pilha de livros ao lado – Freud, Jung, uns volumes surrados de filosofia oriental. Ele anotava algo, murmurando sozinho, como se estivesse decifrando um código secreto. Não era só trabalho; era uma busca, uma tentativa de entender o que nos move por dentro.

Eu já vivi isso também, de um jeito diferente. Lembro de uma noite nos anos 90, o som abafado de um modem conectando à internet enchendo o quarto enquanto eu tentava entender o que aquele mundo digital podia ser. Tinha um pôster do Blade Runner na parede, e eu ficava imaginando como seria liderar equipes num futuro onde máquinas e sonhos se misturavam. Anotava ideias em cadernos, misturando frases de Nietzsche com trechos de músicas do Radiohead, e tentava encontrar um jeito de fazer as pessoas acreditarem no que eu via. Não era só sobre tecnologia – era sobre o que ela podia despertar em nós. Sobre como o que criamos lá fora reflete o que carregamos aqui dentro.

A verdade é que sempre achei que o sucesso, esse bicho escorregadio que todo mundo corre atrás, não mora nas coisas prontas. Ele está nos rasgos, nas bordas mal costuradas onde a gente se arrisca a enfiar a mão. Uma vez, numa roda de amigos, alguém me perguntou o que eu faria se pudesse voltar no tempo. Eu disse que voltaria pros anos 60, mas não pra viver como eles – pra roubar aquele fogo e trazer pra cá. Porque hoje, com nossas telas brilhantes e algoritmos que dizem quem somos antes mesmo de abrirmos a boca, a gente esqueceu como é inventar do zero. Esqueceu que o novo não vem de fórmulas, mas de um mergulho fundo, de uma conversa honesta com o que pulsa atrás dos nossos olhos.

Eu já senti esse pulsar em tantos lugares. Num terreiro de chão batido, onde o som do atabaque parecia cavar até as raízes da alma. Numa sala de aula, com um professor de barba grisalha falando sobre arquétipos e o inconsciente coletivo como se fossem mapas de um tesouro escondido. Num workshop de gestão, onde alguém desenhou um círculo no quadro e disse que liderar é fazer os outros brilharem. Até num sonho, desses que a gente acorda com o coração disparado, vendo uma nave cortando o céu enquanto uma voz sussurrava que o futuro já estava aqui. Tudo isso me atravessa, como fios que se cruzam num tear que eu ainda não sei direito como usar.

O café acabou, a chuva parou, e o silêncio tomou conta da casa. Fiquei olhando o fundo da xícara, os grãos escuros formando um desenho que podia ser qualquer coisa – uma constelação, um rosto, um caminho. E então me veio uma clareza, quase como se alguém tivesse acendido uma lâmpada no peito. Não é sobre repetir os anos 60, nem sobre copiar o que já foi feito. É sobre carregar aquela chama pra dentro do agora, pra dentro de mim, de você, de quem estiver disposto a ouvir. É sobre pegar o que temos – as ferramentas, as histórias, os erros, os sonhos – e fazer algo que ninguém viu ainda. Algo que não explica, mas mostra. Que não ensina, mas acorda.

Eu, Alessandro Turci, deixo aqui este pedaço de mim. Um convite pra olhar pra dentro, pra crescer em todas as camadas que nos fazem humanos – no trabalho, na alma, no jeito como tocamos o mundo. Se esta história te tocou, que tal me oferecer um café virtual, como quem acende uma luz para outra alma? Ajuda meu blog a pulsar, num ciclo de dar e receber que mantém a energia viva. E, quem sabe, compartilhar isso por aí, nas redes, como quem sopra uma semente ao vento. Que ela encontre terra boa e floresça.

Que a gente inove como se o tempo não tivesse dono, como se cada dia fosse uma tela em branco pedindo cor. Que você encontre sucesso, saúde, proteção e paz na sua própria história.

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