Descubra como a TV nos anos 60 mudou tendências de consumo, influenciando hábitos e a cultura moderna em uma era de inovação.
Olá amigos do SHD: Seja Hoje Diferente, hoje para vocês eu trouxe um tema que me fascina desde que comecei a explorar as histórias por trás das coisas que moldaram o mundo em que vivemos: o impacto da chegada da televisão nas tendências de consumo nos anos 60. Imagino-me sentado em uma sala de estar daquela época, com móveis de madeira polida e um rádio ao canto, quando de repente entra em cena esse aparelho mágico, de tela pequena e imagens em preto e branco, que mudou tudo. Não era apenas uma novidade tecnológica; era uma janela para um universo de possibilidades que transformou como eu, ou melhor, como as pessoas daquela geração, viam o mundo e decidiam o que comprar.
Quando a televisão começou a ganhar espaço nos lares, por volta dos anos 50 e explodindo nos 60, ela trouxe consigo uma revolução silenciosa. Eu gosto de pensar nisso como um convite irresistível: de repente, eu podia ver propagandas de produtos que nunca imaginei precisar. Havia detergentes que prometiam pratos brilhando como espelhos, carros com linhas futuristas que pareciam saídos de filmes de ficção científica e até alimentos prontos que reduziam o tempo na cozinha. A TV não apenas mostrava esses itens; ela contava histórias. Eu me vejo assistindo a um comercial da Coca-Cola, com famílias sorridentes em piqueniques, e pensando: “Quero isso para mim também”. Esse poder de narrativa foi o que impulsionou as tendências de consumo, criando desejos que antes nem existiam.
Uma pergunta que sempre me faço é: como as pessoas decidiam o que comprar antes da TV? Bem, a resposta está na simplicidade da vida pré-televisão. O consumo era mais local, baseado em recomendações boca a boca ou anúncios em jornais e revistas. Mas com a TV, tudo mudou. Eu podia ver produtos em ação, apresentados por personalidades carismáticas, e isso tornava tudo mais real e urgente. Os anos 60 foram marcados por essa transição: o pós-guerra trouxe prosperidade, e a televisão amplificou o desejo de aproveitar essa nova abundância. Estudos mostram que, nos Estados Unidos, a penetração da TV nos lares saltou de 9% em 1950 para quase 90% em 1960 – um crescimento que reflete o quanto ela se tornou essencial.
Outra curiosidade que me encanta é que a televisão não apenas vendia produtos, mas também estilos de vida. Penso em programas como “Mad Men”, que retratam essa era, e vejo como os comerciais moldavam até a moda. De repente, eu queria ternos bem cortados como os dos apresentadores ou penteados impecáveis como os das atrizes. Uma estatística fascinante: em 1965, a publicidade na TV americana movimentou cerca de 2,5 bilhões de dólares, um salto impressionante em relação à década anterior. Isso mostra o quanto as empresas perceberam o potencial desse meio. E não era só nos EUA; no Brasil, por exemplo, a TV começou a crescer com força nos anos 60, trazendo novelas e propagandas que influenciavam desde o sabonete que eu comprava até o refrigerador dos meus sonhos.
Mas será que a TV só trouxe benefícios para o consumo? Eu reflito bastante sobre isso. Por um lado, ela democratizou o acesso à informação e inspirou inovações – pense em como os eletrodomésticos facilitaram a vida. Por outro, criou uma cultura de consumo desenfreado. Eu imagino uma dona de casa dos anos 60, encantada com um liquidificador novo na TV, mesmo que o dela ainda funcionasse. Esse ciclo de querer sempre mais é algo que ainda ecoa hoje. A ciência comportamental explica isso: a exposição constante a imagens perfeitas ativa o desejo no cérebro, algo que os publicitários da época entenderam muito bem.
Uma história hipotética que me vem à mente é a de João, um trabalhador comum dos anos 60. Ele chega em casa cansado, liga a TV e vê um comercial de um carro Chevrolet. Naquele momento, ele não só quer o carro, mas a promessa de liberdade e status que vem com ele. No dia seguinte, ele já está planejando economizar para isso. Essa narrativa, que se repetiu em milhões de lares, mostra como a TV conectava sonhos pessoais a produtos tangíveis. E falando em conexões globais, enquanto nos EUA a TV vendia o “sonho americano”, no Japão ela impulsionava a febre por eletrônicos, e na Europa, reconstruía hábitos pós-guerra. O impacto era universal, mas com sabores locais.
Um fato pouco conhecido é que a primeira transmissão colorida nos EUA, em 1954, só ganhou força nos anos 60, e isso turbinou ainda mais o consumo. Eu fico imaginando o choque de ver uma propaganda de um vestido vermelho ou uma geladeira azul na tela – as cores tornavam tudo mais vivo e desejável. Culturalmente, a TV também influenciou a arte: pense em Andy Warhol e sua pop art, inspirada por essa era de consumo em massa. Até na música, o rock dos anos 60, amplificado pela TV, vendia discos e mudava tendências.
Para o dia a dia, eu sugiro uma tarefa simples: observe os comerciais de hoje e compare com o que imagino dos anos 60. Liste cinco produtos que você sente vontade de comprar só por causa da propaganda – isso vai te mostrar como esse legado ainda vive. Outra ideia é conversar com alguém que viveu aquela época e perguntar como a TV mudou a vida deles. Essas reflexões nos conectam ao passado e nos fazem pensar no presente. Como disse o escritor Marshall McLuhan, “o meio é a mensagem” – e a TV provou isso ao transformar o consumo em uma experiência visual e emocional.
Pensando em sustentabilidade, os anos 60 não tinham essa preocupação, mas hoje podemos aprender com isso. A TV nos ensinou a querer mais, mas eu me pergunto: e se usássemos esse poder para promover escolhas conscientes? Imagine propagandas de produtos reciclados com o mesmo brilho dos anos 60. Olhando para o futuro, vejo a televisão como inspiração para mídias digitais – o TikTok de hoje é, de certa forma, herdeiro dessa era, moldando o consumo em segundos. O impacto dos anos 60 foi o início de algo maior, que ainda nos influencia.
Eu acredito que entender essa transformação nos ajuda a enxergar o mundo com mais clareza. A televisão dos anos 60 não foi só um aparelho; foi um espelho dos nossos desejos e um guia para nossas escolhas. Ela nos mostrou que o que consumimos reflete quem somos – ou quem queremos ser. Que possamos usar esse legado para criar um futuro mais equilibrado e inspirador.
Sucesso, saúde, proteção e paz!
Alessandro Turci
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