Descubra como o consumo rural virou urbano nos anos 60 e 70, suas causas, impactos e curiosidades. Uma viagem ao passado que reflete o presente!
Olá amigos do SHD: Seja Hoje Diferente, hoje para vocês eu trouxe um tema que me fascina e que conta um pedaço da nossa história: a transição do consumo rural para o urbano nas décadas de 1960 e 1970. Sempre me pego imaginando como era a vida naquela época, com os campos cheios de trabalhadores e as cidades começando a pulsar com uma energia nova. Foi um período de mudança profunda, não só no Brasil, mas em várias partes do mundo, e eu quero compartilhar com vocês essa jornada que moldou o jeito como vivemos até hoje. Vamos viajar juntos por esse passado que, de certa forma, ainda ecoa nas nossas escolhas cotidianas?
Quando penso nos anos 60 e 70, vejo um cenário que começou a se transformar rápido demais. No interior, as famílias viviam do que plantavam e criavam – milho, feijão, galinhas, porcos. Tudo era feito em casa, desde o pão até o sabão. Eu me lembro de ouvir histórias do meu avô, que contava como a vida no sítio era simples, mas exigia um esforço danado. Só que, lá pelos anos 60, as coisas começaram a mudar. As máquinas chegaram aos campos, o que aumentou a produção, mas também tirou empregos. Ao mesmo tempo, as cidades cresciam, prometendo trabalho nas fábricas, comércio e serviços. Eu imagino o pessoal do interior olhando para os horizontes urbanos, sonhando com uma vida diferente, com luz elétrica e produtos prontos nas prateleiras. Foi aí que o consumo, que antes era quase todo baseado na subsistência, começou a virar algo mais urbano e industrializado.
Essa mudança não aconteceu do dia pra noite, claro. Aqui no Brasil, por exemplo, o êxodo rural explodiu nas décadas de 60 e 70 por causa da modernização da agricultura e do "milagre econômico". Eu fico pensando: como será que as pessoas se sentiam deixando suas raízes pra trás? Um estudo da época mostra que, entre 1960 e 1980, mais de 30 milhões de brasileiros trocaram o campo pela cidade. Isso é impressionante! O que antes era plantar pra comer virou comprar pra consumir. Nas cidades, os supermercados começaram a surgir, e produtos como refrigerantes, enlatados e eletrodomésticos entraram na vida das famílias. Eu vejo isso como um marco: o consumo deixou de ser só necessidade e passou a ser também desejo, status, modernidade.
Mas será que essa transição foi igual pra todo mundo? Não mesmo! Enquanto nas cidades grandes, como São Paulo e Rio de Janeiro, o consumo urbano já bombava com propagandas na TV e nas revistas, no interior ainda tinha gente resistindo à mudança. Eu conheci uma senhora, dona Maria, que me contou que, mesmo morando na cidade nos anos 70, ela ainda fazia questão de ter uma horta no quintal. Ela dizia: "Não confio nesses tomates de mercado, prefiro os meus". Isso me faz refletir sobre como as pessoas lidaram com essa transformação de formas tão diferentes. Uns abraçaram a novidade, outros seguraram firme nas tradições. E você, já parou pra pensar no que faria no lugar deles?
Outra coisa que me chama atenção é o impacto cultural dessa virada. Na literatura e no cinema, os anos 60 e 70 trouxeram obras que capturam essa tensão entre o rural e o urbano. Aqui no Brasil, filmes como "Vidas Secas" já mostravam o sofrimento do campo, enquanto novelas começavam a vender o sonho da vida moderna. Eu adoro essa conexão com a arte, porque ela reflete o que as pessoas estavam vivendo. Fora isso, tem uma curiosidade fascinante: você sabia que o primeiro supermercado do Brasil, o Sirva-se, abriu em 1953, mas só nos anos 60 e 70 que esse modelo explodiu? Era um símbolo de progresso, mas também de um novo jeito de consumir, mais rápido e impessoal.
Agora, por que isso importa hoje? Porque essa transição mudou nossa relação com o consumo pra sempre. Eu olho ao meu redor e vejo que, diferente dos meus avós, eu não preciso plantar nada pra comer – basta ir ao mercado. Mas será que perdemos algo nesse processo? Às vezes, sinto que sim. A comida industrializada é prática, mas não tem o sabor daquele milho colhido na hora. Além disso, essa urbanização desenfreada trouxe desafios, como o impacto ambiental. Hoje, falamos tanto de sustentabilidade, e eu vejo uma conexão direta com essa época: o consumo em massa começou ali, e agora estamos correndo pra equilibrar isso com um mundo mais verde.
Falando em ciência, estudos recentes mostram que o êxodo rural dos anos 60 e 70 não foi só brasileiro. Na Europa, Ásia e até na África, a urbanização disparou na mesma época, cada lugar com suas particularidades. Na Inglaterra, por exemplo, as cidades já eram grandes, mas ganharam ainda mais força com a revolução industrial tardia. Já na Índia, a mudança veio com a "Revolução Verde", que aumentou a produção agrícola, mas também empurrou muita gente pras cidades. Eu acho incrível como um tema tão local pode ter ecos globais. Isso me faz imaginar o futuro: será que vamos voltar a valorizar o rural, com essa onda de agricultura orgânica e vida simples que tá crescendo?
Pra trazer um pouco de inspiração, gosto de uma frase do escritor Guimarães Rosa que cabe aqui: "A gente carece de mudar o mundo, mas mudar o mundo é mudar a gente mesmo". Essa transição do consumo rural pro urbano foi isso: uma mudança externa que mexeu com o que as pessoas eram por dentro. E pra você que tá lendo, aqui vai uma sugestão prática: que tal experimentar um dia sem comprar nada pronto? Faça um pão caseiro ou plante uma erva na janela. É um jeito simples de se conectar com aquele passado rural e refletir sobre o que o consumo significa pra você hoje.
Olhando pra tudo isso, eu vejo que os anos 60 e 70 foram um divisor de águas. Não foi só sobre trocar o campo pela cidade, mas sobre transformar o que a gente valoriza, o que a gente quer. Hoje, com tecnologia e globalização, o consumo tá em outro patamar, mas as raízes daquela mudança ainda estão aqui, nas nossas escolhas diárias. Então, que possamos olhar pra trás, aprender com o que foi, e construir um futuro onde o consumo seja mais consciente, mais humano.
Sucesso, saúde, proteção e paz!
Alessandro Turci
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