Você trava na terapia, mas se solta no WhatsApp? Descubra por que isso acontece e como destravar seus sentimentos para evoluir de verdade!
Olá, tudo bem? Eu sou Alessandro Turci, o criador do Seja Hoje Diferente, e quero começar te dando as boas-vindas com aquele calor humano que faz a gente se sentir em casa. Recentemente, tive uma conversa bem interessante pelo WhatsApp com uma leitora do SHD, e o que ela me contou me fez parar para pensar – e, quem sabe, pode fazer você refletir também. Com um tom de quem precisava desabafar, ela me disse: “Alessandro, como você é psicólogo, me explica uma coisa. Eu vou às sessões com minha psicóloga, ela insiste que eu preciso me abrir mais, falar o que sinto, mas eu simplesmente travo. E olha só: aqui, contigo, pelo WhatsApp, em meia hora eu falei o que não consegui em dez sessões. O que eu faço? Troco de psicóloga, desisto ou sei lá o quê?”. Primeiro, deixei claro que não sou psicólogo – sou só um apaixonado por temas humanos, alguém que lê muito, observa a vida e tenta juntar as peças do quebra-cabeça. Mas essa troca me acendeu uma luz: será que ela é a única que sente esse bloqueio? Será que você já passou por algo assim também?
A conexão entre quem busca ajuda e quem está ali para ouvir é o coração de qualquer processo terapêutico. Pense nisso como uma dança: se os passos não estão sincronizados, alguém vai pisar no pé do outro, e o ritmo simplesmente não flui. Não é que a psicóloga dela seja ruim ou que falte competência – às vezes, é só uma questão de química, de encaixe. Já sentiu isso com alguém na vida? Aquele amigo com quem você fala pelos cotovelos e outro que, por mais legal que seja, parece que a conversa não decola? Na terapia, é parecido. Se não rola confiança ou aquele clima que te deixa à vontade, as palavras ficam presas na garganta, como se fossem engolidas antes mesmo de nascer. E isso importa, porque abrir o coração é o que faz a mágica acontecer – é o que te ajuda a entender quem você é e o que te atravessa.
Agora, o WhatsApp trouxe um detalhe curioso pra essa história. Por que ela conseguiu se soltar tanto comigo ali, digitando numa tela, e não com a profissional cara a cara? Eu tenho uma teoria: a informalidade e a distância ajudam a tirar o peso. Quando você escreve, não tem ninguém te olhando nos olhos, esperando uma resposta na hora. Não tem aquele silêncio que parece gritar “fala logo!”. É como se o teclado virasse um confessionário moderno, sabe? Você pode apagar, repensar, dar um tempo pra respirar. Me lembrou até daqueles diários que a gente escrevia nos anos 90, com caneta colorida e um cadeado vagabundo pra ninguém mexer. A escrita tem esse poder de destravar o que a voz, às vezes, emperra. E, olha, não é à toa que muita gente prefere mandar um “desculpa” por mensagem do que dizer olhando nos olhos – tem menos cobrança, menos pressão.
Mas voltando à dúvida dela – e talvez à sua, se você já se pegou num dilema parecido –, o que fazer quando a terapia não flui? Uma opção é olhar pra dentro e se perguntar: o bloqueio vem de mim ou do jeito que a coisa tá sendo conduzida? Se for a segunda opção, trocar de terapeuta pode ser o caminho. Não é desistir, é ajustar a rota. Terapia é como um sapato novo: tem que servir no seu pé, te deixar confortável pra caminhar. Se tá machucando ou apertando, não adianta insistir só porque o modelo é bonito ou porque alguém disse que é o melhor. Existem várias abordagens por aí – a psicanálise, a cognitivo-comportamental, a humanista –, e cada uma tem um jeito de te acolher. Já pensou em experimentar algo diferente do que você tá acostumado?
Por outro lado, se o travamento for algo seu, uma barreira interna, dá pra tentar umas estratégias simples. Já ouviu falar em levar um caderninho pra sessão? Escrever o que você sente antes e ler na hora pode ser um jeito de quebrar o gelo. Eu, por exemplo, já fiz isso em outras situações da vida – anotava ideias pra conversas difíceis e levava comigo, como um roteiro. Funciona! Outra coisa é dar tempo ao tempo. Às vezes, a confiança com o terapeuta não vem de cara, e tudo bem. É como amizade: ninguém vira íntimo de alguém na primeira saída, né? O importante é não se cobrar tanto e lembrar que o processo é seu – você manda no ritmo.
E tem mais: cada pessoa encontra um jeito único de se expressar. Pra nossa leitora do WhatsApp, a escrita foi a chave. Pra outros, pode ser desenhar, gravar um áudio, ou até falar sozinha no carro antes da sessão pra organizar os pensamentos. O que vale é achar o que te destranca. Um fato interessante? Estudos mostram que escrever sobre emoções durante 20 minutos por dia reduz o estresse em até 47% – é ciência provando o que nossos diários adolescentes já sabiam! E, pensando nisso, me veio uma referência dos anos 80: lembra do filme Clube dos Cinco? Aquele grupo de adolescentes tão diferentes, mas que, presos numa detenção, acabam se abrindo uns pros outros de um jeito que nunca fariam no dia a dia. Às vezes, o ambiente faz toda a diferença.
Então, se você já se sentiu travado na terapia – ou até fora dela –, saiba que não tá sozinho. A questão não é desistir, mas encontrar o que funciona pra você. E se o WhatsApp te solta mais, por que não usar isso a seu favor? Leve suas mensagens pra sessão, mostre o que você escreveu, transforme esse desabafo num ponto de partida. A terapia não tem que ser um bicho de sete cabeças, mas sim um espaço onde você se sinta livre pra ser quem é, sem máscaras. Eu, como curioso das humanas, aprendi que a gente cresce quando se conhece – e isso pode acontecer numa sala com um terapeuta, num papo pelo celular ou até num momento de silêncio com você mesmo.
Pra fechar, quero te deixar com um convite especial. A vida é um processo de descoberta, e entender como você funciona – seus bloqueios, seus gatilhos, suas forças – é um passo gigante pra viver com mais leveza. Na Programação Neurolinguística, falam que mudar a forma como você se comunica consigo mesmo muda o resultado das suas experiências. Em psicologia, diriam que reconhecer suas emoções é o primeiro passo pra lidar com elas. Já na filosofia, alguém como Sócrates te diria: “Conhece-te a ti mesmo”. E até na teologia, há quem veja nisso um caminho pra encontrar paz interior.
Então, que tal testar uma dessas ideias? Escreva o que sente por uma semana e veja o que acontece – pode ser o começo de algo transformador. E, se gostou dessa reflexão, compartilha com alguém nas redes sociais! Vamos espalhar esse papo por aí.
Um forte abraço e até a próxima!
Alessandro Turci
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