Explore como troquei gibis por PDFs e CBRs, revisitando Conan e Alien: Romulus, numa reflexão sobre nostalgia, tecnologia e resiliência pessoal.

Explore como troquei gibis por PDFs e CBRs, revisitando Conan e Alien: Romulus, numa reflexão sobre nostalgia, tecnologia e resiliência pessoal.

Olá, tudo bem? Eu sou Alessandro Turci, criador do Seja Hoje Diferente, e quero te dar as boas-vindas a este espaço onde a gente conversa sobre as coisas que nos tocam, nos inspiram e, às vezes, nos desafiam. Hoje, vou compartilhar com você uma reflexão que começou com uma pergunta simples, mas que me levou a um mergulho profundo: “Você ainda lê ou coleciona quadrinhos?”. Essa questão me fez olhar para trás, revisitar memórias e pensar em como o tempo transforma até as paixões mais arraigadas. Se você já teve uma coleção que guardava como um tesouro ou já se perdeu nas páginas de uma HQ, vem comigo nesta jornada. Vamos falar sobre quadrinhos, nostalgia, adaptação e como essas histórias continuam nos ensinando, mesmo quando trocamos o papel pelo digital.

Quando me perguntaram isso, confesso que senti um leve aperto no peito. Não tenho mais aquela coleção física que, por anos, foi quase uma extensão de mim mesmo. Sabe aquelas pilhas de gibis que eu juntava com um cuidado quase religioso? Hoje, restam apenas alguns exemplares guardados em casa, como cápsulas do tempo que abro de vez em quando para sentir o cheiro do papel envelhecido e lembrar de um Alessandro mais jovem, nascido em 14 de julho de 1976, que devorava cada página como se fosse um portal para outro mundo. Mas a vida mudou, o espaço encolheu, e eu precisei me adaptar. Agora, meus quadrinhos vivem em arquivos digitais, mostly em PDF ou no misterioso formato CBR – que, aliás, demorei para dominar. Foi um salto e tanto, mas me permitiu não só revisitar clássicos como A Espada Selvagem de Conan e Chiclete com Banana, mas também acompanhar histórias atuais, como o recente Alien: Romulus da Marvel Comics, que expande o universo daquele filme de 2024 que, cá entre nós, não me conquistou tanto assim.

Por que esse tema importa? Porque quadrinhos não são só histórias em quadradinhos – eles são pedaços da nossa vida, espelhos das nossas emoções e, muitas vezes, professores disfarçados. Para mim, abandonar as edições físicas não foi só uma questão prática, mas um exercício de desapego e evolução. E acredito que você, que está lendo isso, também já teve que deixar algo querido para trás para abraçar algo novo, seja um hobbie, um hábito ou até uma forma de pensar. É sobre isso que quero conversar: como essas transições nos moldam e como as HQs, sejam no papel ou na tela, continuam sendo uma ponte entre o ontem e o hoje.

Eu cresci numa era em que comprar um gibi era um evento. Nos anos 80 e 90, eu economizava o troco do lanche para correr até a banca e voltar com uma edição de Conan ou Turma da Mônica. Era um ritual. O papel amarelado, o som das páginas virando, até o cheiro da tinta – tudo isso fazia parte da experiência. Mas aí veio a tecnologia, e com ela os formatos digitais. No começo, resisti. Ler no tablet ou no computador parecia frio, distante. Tive que aprender a abrir arquivos CBR – que, para quem não sabe, é tipo um ZIP cheio de imagens que você lê com programas específicos. Não foi fácil. Eu errava o zoom, perdia a página, xingava o teclado. Mas, aos poucos, fui pegando o jeito. E sabe o que descobri? Que o coração da história não está no formato, mas no que ela desperta em mim.

Pensando nisso, me lembro de como os quadrinhos sempre foram mais do que entretenimento. Pegue A Espada Selvagem de Conan, por exemplo. Não era só um bárbaro cortando cabeças – era sobre coragem, honra e sobrevivência num mundo caótico. Ou Chiclete com Banana, com seu humor ácido e irreverente, que me fazia rir enquanto cutucava a sociedade. Hoje, ao abrir essas histórias no formato digital, sinto aquela nostalgia dos anos 80 batendo forte, mas também vejo um Alessandro diferente, de TI desde 2010, que aprendeu a adaptar processos e pessoas num mundo que não para de mudar. E essa é a graça: os quadrinhos me ensinaram resiliência antes mesmo de eu saber o que essa palavra significava.

Agora, vamos falar de algo atual. Recentemente, peguei o Alien: Romulus da Marvel Comics, que veio na esteira do filme homônimo de 2024. O filme, pra ser honesto, me deixou commixed feelings – efeitos incríveis, mas uma trama que não me pegou. Já a HQ promete revelar segredos dos Xenomorfos e como eles cruzaram o caminho de Rain, Andy e os catadores. Ainda não li, mas já estou curioso. E isso me fez pensar: mesmo com o digital, continuo sendo aquele garoto que espera ansioso pela próxima aventura. A diferença é que, agora, não preciso correr até a banca – basta um clique. Isso é mágico, mas também lembro de como o tempo voa. Sabe aquela música do Legião Urbana, “Tempo Perdido”? “Somos tão jovens”... Será? Às vezes, sinto que os quadrinhos me mantêm jovem, mesmo com os cabelos grisalhos chegando.

Um fato interessante sobre quadrinhos: você sabia que o formato CBR, que hoje uso para ler minhas HQs, é na verdade uma abreviação de “Comic Book Reader”? Ele foi criado nos anos 90, numa época em que os fãs começaram a digitalizar suas coleções para compartilhar na internet – muitas vezes de forma, digamos, não muito legal. Era o início de uma revolução que mudou como consumimos essas histórias. E, olha, tem um toque de humor nisso: eu, que já fui um adolescente fuçando fitas VHS de O Exterminador do Futuro nos anos 80, agora sou um da TI lidando com arquivos que parecem saídos de um filme de ficção científica. Quem diria que o Alessandro de 1976 ia virar um caçador de Xenomorfos digitais?

Chegando ao fim desta nossa conversa, quero te deixar com algo mais profundo. Ler quadrinhos, seja no papel ou na tela, é um ato de presença e transformação. Na Programação Neurolinguística (PNL), falamos sobre como mudamos nossas âncoras – aqueles gatilhos emocionais que nos conectam a experiências. Para mim, os quadrinhos eram uma âncora de alegria e escapismo; hoje, são também um lembrete de adaptação e aprendizado. Na psicologia, isso reflete a resiliência: nossa capacidade de nos reinventar sem perder a essência. Já na filosofia, penso em Heráclito, que dizia que “ninguém entra duas vezes no mesmo rio” – o rio mudou, eu mudei, mas a correnteza das histórias continua me levando. Em termos de coaching, te pergunto: o que você pode adaptar na sua vida para redescobrir uma paixão antiga? Na tecnologia, o CBR é só um exemplo de como inovamos para preservar o que amamos. E, espiritualmente, vejo os quadrinhos como narrativas ancestrais modernas, cheias de mitos que nos conectam ao nosso inconsciente coletivo.

Então, que tal experimentar algo novo? Se você tem uma HQ guardada na memória, procure-a em formato digital. Leia, sinta, adapte-se. 

E, se gostou desta reflexão, compartilhe nas suas redes sociais – quem sabe você não inspira alguém a revisitar suas próprias histórias? 

Um forte abraço e até a próxima!

Alessandro Turci

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