Um dragão verde de 1994 nas costas revela rebeldia, evolução e reflexões profundas. Descubra como ele me guia em uma jornada além do comum!
Olá, meus amigos e novos leitores! Eu sou Alessandro Turci, nascido em 14 de julho de 1976, um canceriano do ano do dragão, carregando nas veias uma mistura de sensibilidade e fogo que, às vezes, nem eu mesmo sei explicar. Hoje, quero abrir o coração e contar uma história que começou há décadas, em meados de 1994, quando decidi marcar minha pele com um dragão chinês. Não era grande, nem pequeno, apenas um desenho verde, riscado com traços simples, mas que, para mim, carregava um peso imenso. Naquela época, ter uma tatuagem não era exatamente algo que todo mundo aplaudia – e meu pai, bem, ele era o primeiro da fila a torcer o nariz. Mas sabem o que eu penso agora, olhando para trás? Essa escolha, esse ato de rebeldia, foi mais do que um desenho na pele. Foi o primeiro passo de uma jornada que me trouxe até aqui, conversando com vocês sobre algo que importa: o significado que damos às coisas e como elas nos transformam.
Vamos voltar um pouco no tempo. Era o auge dos anos 90, e o mundo estava vibrando com Nirvana ecoando nas rádios, os tamagotchis apitando nas mochilas e o cheiro de Spray Net pairando nos cabelos das meninas no colégio. Eu, com 18 anos, sentia aquela inquietude típica da juventude, uma vontade de gritar pro mundo quem eu era – ou pelo menos quem eu queria ser. Foi aí que o dragão surgiu. Não tinha estúdio chique, nem máquinas modernas como hoje. Era tudo mais cru, mais visceral. O som da agulha zumbindo parecia uma trilha sonora de filme de ação dos anos 80, tipo "Duro de Matar", enquanto eu tentava não piscar muito pra não mostrar que doía. Meu pai, claro, não aprovou. "Isso é coisa de marginal", ele dizia, com aquele tom que misturava preocupação e desaprovação. Mas eu fui em frente, e quando o dragão ficou pronto, meio apagado, com traços que hoje parecem desleixados, eu senti um orgulho quieto. Era meu. Era eu.
Anos depois, ele me jogou uma indireta que me fez rir por dentro. Meu irmão do meio, três anos mais novo, hoje é coberto de tatuagens – dragões, caveiras, frases em fontes góticas, o pacote completo. "Foi você que abriu a porteira", meu pai disse, com um meio sorriso que escondia a resignação. Eu podia ter retrucado, dito que meu irmão teria feito isso de qualquer jeito, mas preferi ficar na minha. Afinal, o que importa não é quem começou, mas o que cada um faz com suas escolhas. Meu dragão, mesmo desbotado, continuou comigo, um companheiro silencioso que atravessou as décadas e me viu mudar – de um jovem rebelde dos anos 90 a alguém que hoje entende que os símbolos que carregamos são espelhos daquilo que queremos descobrir sobre nós mesmos.
Agora, deixa eu te levar pra um passeio mais fundo nessa história. Pense na tatuagem como algo maior que tinta na pele. Nos anos 70, ela era quase um tabu, um grito de liberdade em um mundo cheio de regras. Quem não lembra do visual dos roqueiros da época, com calças rasgadas e jaquetas de couro, desafiando tudo que era certinho? Pula pros anos 80, e ela ganha cores, contornos, vira moda entre os punks e os metaleiros, mas ainda carrega aquele ar de "sou diferente". Nos 90, quando meu dragão nasceu, ela já estava se popularizando, mas ainda tinha um pé na contracultura – era um jeito de dizer "eu sou único" sem precisar abrir a boca. Hoje, em 2025, tatuagem é arte, é profissão, é identidade. Máquinas de precisão, tintas que brilham no escuro, artistas que parecem pintores renascentistas. Meu dragão verde, coitado, parece um dinossauro perto disso tudo, mas eu o amo exatamente por isso: ele é um pedaço de uma era que não volta mais.
Mas o que esse dragão significa pra mim hoje? Não é só uma lembrança de juventude ou um troféu de rebeldia. Ele é um arquétipo, como diriam os sábios que estudam as camadas mais profundas da mente. Um dragão é força, é mistério, é transformação. Ele me lembra que a vida é um ciclo de criar, destruir e renascer – e que eu tenho o poder de guiar esse ciclo. Quando olho pra ele no espelho, meio apagado, com linhas que o tempo desgastou, vejo mais do que uma tatuagem. Vejo um mapa. Um convite pra ir além do que os olhos enxergam e mergulhar no que realmente importa: quem eu sou por trás das aparências e como posso usar isso pra viver com mais clareza, coragem e propósito.
E você, já parou pra pensar no que te marca? Não precisa ser uma tatuagem. Pode ser uma música dos anos 2000 que ainda te arrepia – tipo "Yellow" do Coldplay –, uma frase que alguém te disse e nunca saiu da cabeça, ou até um sonho que você guarda no fundo do peito. Essas marcas são como chaves. Elas abrem portas que a gente nem sabia que estavam lá. Meu dragão me ensinou isso aos poucos, quase sem eu perceber. Ele me mostrou que a rebeldia de 1994 não era só contra meu pai ou as regras da época – era um grito por liberdade interior, por encontrar meu próprio caminho. E esse caminho não tem fim. É uma estrada que se constrói enquanto a gente anda, com curvas inesperadas, paradas pra respirar e trechos que exigem acelerar fundo.
Então, te faço um convite: pega essa chave que você carrega – seja ela qual for – e experimenta girá-la. Não precisa ter pressa. Comece pequeno. Pergunte-se: "O que me move? O que me faz sentir vivo?" Deixa a resposta vir, mesmo que demore. E se não vier logo, tudo bem – às vezes, o silêncio é o primeiro passo pra ouvir a própria voz. Meu dragão, mesmo quieto nas minhas costas, me ensinou que o poder não está na pressa, mas na paciência de entender o que pulsa dentro de nós. Ele me guiou por labirintos que eu nem sabia que existiam, e hoje eu vejo que ele não é só um desenho. É um mestre disfarçado, me mostrando que a vida é um jogo de criar significados e que eu sou o jogador principal.
Talvez você já tenha sua própria tatuagem – na pele ou na alma – ou talvez esteja esperando o momento de fazer uma. Não importa. O que vale é o que você faz com ela. Meu dragão de 1994, com seus traços verdes e meio tortos, me levou a lugares que eu nem imaginava. Ele me deu asas pra voar além do óbvio, pra desafiar o que me limita e abraçar o que me expande. E sabe o que eu descobri? Que o verdadeiro tesouro não está no fim da jornada, mas em cada passo que a gente dá com os olhos abertos e o coração ligado. Então, vai lá. Desenha teu dragão – com tinta, com palavras, com ações. A vida está te esperando pra criar algo que só você pode fazer.
Sucesso, Saúde, Proteção e Paz.
Alessandro Turci
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