Uma viagem da infância ao SHD revela como redações moldaram minha paixão por escrever. Inspire-se e descubra o poder das palavras!
Saudações, amados amigos do SHD: Seja Hoje Diferente! Hoje quero convidá-los a embarcar comigo numa viagem especial, direto para os corredores da minha infância, mais precisamente até a quinta série – o que hoje chamamos de 5º ano do ensino fundamental. Naquela época, havia uma paixão que queimava forte em mim: escrever redações. Cada folha em branco era como um convite para explorar o mundo das palavras, seja dissertando sobre um tema, descrevendo uma cena viva, narrando uma história inventada ou compartilhando algo informativo. Era fascinante ver como as ideias tomavam forma, e cada tarefa da escola acendia minha imaginação.
Como um canceriano sonhador de corpo e alma, eu carregava um desejo enorme de ter meu próprio jornal. Esse sonho não ficava apenas na cabeça: ele me movia. Participei dos jornais escolares com entusiasmo, mergulhei na criação de fanzines – aquelas publicações independentes feitas com amor por quem era apaixonado por um tema – e até mantive quatro blogs antes de dar vida ao Seja Hoje Diferente. Os fanzines, para quem não viveu esse tempo, eram verdadeiras joias artesanais. Impressos em máquinas de Xerox, dobrados e grampeados à mão, circulavam entre amigos e pediam não só criatividade, mas também um esforço danado. Eu adorava cada pedacinho desse processo, desde rabiscar as primeiras ideias até entregar o resultado final.
Hoje, quando olho para o SHD, sinto que aquele sonho de criança se tornou realidade de um jeito que eu nem imaginava possível. O blog ganhou asas, conquistou seu espaço e é querido por trazer algo especial e autêntico. Mas, vou abrir o jogo com vocês: nem tudo foi fácil nessa jornada. Apesar de tanto amor pela escrita, eu tinha um ponto fraco bem grande: a língua portuguesa. Pois é, eu era um desastre! Escrevia errado, ignorava regras gramaticais e muitas vezes minhas ideias saíam bagunçadas como um quebra-cabeça desmontado. Mas isso nunca me fez desistir. Eu me dedicava de verdade, relia meus textos mil vezes e sempre tinha comigo meu companheiro inseparável, o dicionário Aurélio. Imaginem só: enquanto os jovens de hoje resolvem tudo com um clique, eu virava páginas atrás da palavra perfeita.
Por falar em pesquisa, naquela época a internet ainda era coisa rara para muita gente, inclusive para mim. Então, meus grandes aliados eram os livros, os almanaques e, é claro, a majestosa Enciclopédia Barsa. Que maravilha era aquilo! Para quem não conhece, a Barsa era um conjunto de volumes enormes, cheios de informações sobre tudo o que você pudesse imaginar. Ter uma em casa era como possuir um pedaço do universo, uma fonte inesgotável de saber. Já mencionei ela aqui no SHD antes – deixo o link ao final para quem quiser conferir. Esses materiais, tão diferentes do que usamos hoje, foram meus mestres pacientes, guiando-me a cada descoberta.
Essa caminhada me fez entender o quanto as redações escolares foram fundamentais para moldar quem sou. Escrever não era só um dever de casa; era um treino de organização, paciência e crescimento pessoal. Cada erro que eu corrigia, cada texto que eu melhorava, me levava um passo adiante. E aqui vai um fato interessante: vocês sabiam que a primeira redação escolar registrada no Brasil vem do século XIX, quando a escrita começou a ser vista como uma forma de estimular o pensamento crítico? Isso me faz refletir sobre como algo tão simples, como pegar um lápis e criar, pode deixar marcas tão profundas ao longo da história.
Pensando em tudo isso, eu, Alessandro Turci, criador do SHD: Seja Hoje Diferente, vejo com clareza o poder transformador da escrita. Ela não exige que você seja perfeito de início, mas que tenha disposição para aprender e insistir.
Meu convite é que vocês abracem suas paixões, mesmo que elas venham com tropeços pelo caminho. Se a escrita te inspira, vá em frente: pegue um papel, escreva sobre o que te move, revise com carinho e celebre cada avanço. E, por favor, compartilhem este artigo nas redes sociais – quem sabe ele não acende uma faísca em alguém que está precisando de um empurrãozinho?
Vamos juntos fazer um mundo mais criativo e cheio de histórias para contar!
Sobre o artigo da Enciclopédia Barsa clique aqui.
Um forte abraço e até a próxima!
Alessandro Turci
Grato pelo apoio
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