Alessandro Turci analisa a nova lei que proíbe celulares nas escolas de SP, destacando benefícios e desafios para o desenvolvimento dos alunos.
Recentemente, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, em votação simbólica, a proibição do uso de celulares por alunos da educação básica nas escolas públicas e privadas. Como criador do Seja Hoje Diferente, sempre procuro olhar as notícias com um olhar crítico, entendendo o que isso significa para nossa sociedade e para o desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes. Esta nova lei, que deverá entrar em vigor em 2025, faz de São Paulo o primeiro estado do Brasil a adotar tal medida, com a expectativa de ser sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas.
O que isso significa e por que é importante?
A decisão vem de uma necessidade urgente de mitigar os efeitos negativos do uso excessivo de telas, especialmente em um ambiente que deveria fomentar o aprendizado, a interação e o desenvolvimento cognitivo saudável. Pesquisas recentes, incluindo um estudo da Unesco de 2023, mostraram que o uso de celulares em sala de aula tem impactos negativos na memória e na compreensão dos alunos. Isso é preocupante, pois atinge diretamente a qualidade do ensino e a capacidade dos estudantes de absorverem conhecimento de forma eficaz.
Do ponto de vista da psicologia educacional, é sabido que a presença de dispositivos móveis pode ser uma grande distração. Ao competir pela atenção dos alunos, o celular desvia o foco de atividades pedagógicas e reduz a participação ativa. A PNL também aponta que multitarefas constantes podem prejudicar o processamento profundo de informações, um elemento essencial para a aprendizagem de longo prazo.
Os benefícios da proibição
Falar sobre proibição pode soar drástico, mas vamos pensar nos benefícios. Primeiro, a ausência dos celulares em sala de aula pode ajudar a resgatar a concentração e a interação pessoal, permitindo que os alunos pratiquem habilidades sociais que muitas vezes são negligenciadas. A escola volta a ser um espaço de convívio e de troca de ideias, estimulando debates mais profundos e uma comunicação mais sincera.
Outro ponto positivo é a saúde mental. Crianças e adolescentes frequentemente se comparam com os outros pelas redes sociais, o que pode aumentar a ansiedade e a sensação de inadequação. A redução do tempo de tela contribui para que os jovens se afastem desse tipo de pressão e cultivem um ambiente escolar mais positivo e seguro emocionalmente.
O lado desafiador
No entanto, é importante entender que essa proibição não é uma solução milagrosa. É preciso refletir sobre como os celulares também têm seu valor na educação, como ferramenta de pesquisa e acesso a informações complementares. Proibir completamente o uso sem considerar formas alternativas de uso pedagógico pode limitar a inovação nas salas de aula.
Além disso, a implementação de uma regra como essa vem com desafios logísticos. Como as escolas guardarão esses celulares de forma segura? Como assegurar que todos os alunos respeitarão essa nova diretriz? Esses são pontos que requerem planejamento e recursos para que a transição seja feita sem prejuízos.
A busca pelo equilíbrio
Como gosto de destacar aqui no Seja Hoje Diferente, o equilíbrio é fundamental em qualquer situação. A ideia de banir os celulares pode ser um avanço, mas também deve ser acompanhada por um diálogo aberto entre educadores, pais e alunos. A legislação precisa ser o primeiro passo de uma série de ações que promovam a educação digital e ensinem nossos jovens a usarem a tecnologia de maneira consciente e produtiva.
A deputada estadual Marina Helou, autora do projeto, apontou em entrevista que a medida é o "melhor caminho para o desenvolvimento saudável das nossas crianças e adolescentes". E eu concordo, em partes. O caminho para o desenvolvimento saudável envolve tanto a proteção contra excessos quanto a educação sobre o uso responsável. Afinal, viver em um mundo tecnológico exige que saibamos dosar e ensinar as próximas gerações a navegarem por ele com sabedoria.
Sucesso, Saúde, Proteção e Paz.
Alessandro Turci
Eu sou a favor escola lugar de estudar e não de ficar jogando joguinhos
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