O Poder da Discrição: Faça o Bem sem Divulgar

 

Alessandro Turci reflete sobre a importância de ajudar o próximo sem se engrandecer. Aprenda como manter discrição nas suas ações e fortalecer sua conexão com o Divino.

Desde o dia 14 de julho deste ano, tenho vivenciado uma jornada intensa de desenvolvimento pessoal e espiritual. O SHD, que comecei como um projeto de aprendizado, transformou-se em uma verdadeira prática diária de evolução. Ao longo dos cursos e experiências que tive entre 2022 e 2024, venho percebendo que muitos dos hábitos que carregamos podem nos limitar, inclusive no modo como ajudamos os outros.

Um dos aspectos que mais tenho refletido é sobre o valor de manter nossas boas ações em segredo. Parece simples, mas quantas vezes sentimos a necessidade de compartilhar com as pessoas ao nosso redor aquilo que fizemos de bom? No entanto, será que isso é realmente necessário? Ou melhor, será que essa prática nos aproxima do nosso propósito maior?

Neste artigo, vou compartilhar algumas reflexões sobre a importância de mantermos discrição ao ajudar o próximo e como esse hábito pode transformar nossa vida de maneira positiva.

Em nossa sociedade, há uma tendência natural de querer compartilhar com os outros nossos feitos, especialmente os bons. Pode ser um reflexo da necessidade de aprovação, de reconhecimento ou, em alguns casos, simplesmente de nos sentirmos úteis. No entanto, essa prática, muitas vezes, pode trazer consequências negativas, especialmente quando envolvemos terceiros em nossas ações.

Imagine a seguinte situação: você ajuda um amigo chamado Francisco em um momento de necessidade. Isso é algo positivo e, certamente, ele se sentirá grato. Mas então, você comenta com Paulo sobre a ajuda que ofereceu a Francisco. O problema surge quando Paulo, que conhece Francisco, não deseja o bem dele. Mesmo que Paulo também receba sua ajuda, ele poderá ficar ressentido ao saber que você ajudou Francisco.

Essa energia negativa não só afeta o relacionamento entre Paulo e Francisco, mas também pode impactar você. Paulo pode começar a nutrir sentimentos negativos em relação a sua atitude, mesmo que a intenção tenha sido boa. Aqui entra a importância de manter a discrição.

Fazer o bem em silêncio é uma forma de proteger tanto você quanto quem está recebendo a ajuda. Além disso, quando mantemos nossas ações entre nós e o Divino, estamos fortalecendo nossa conexão espiritual. Afinal, o bem que fazemos ao próximo não precisa ser divulgado. Ele é uma ação de amor, e o verdadeiro amor não busca reconhecimento.

Essa é uma lição que aprendi ao longo do meu caminho de autodesenvolvimento. Estou constantemente reforçando essa prática em minha vida, entendendo que nem tudo o que fazemos precisa ser compartilhado. Algumas ações são feitas para alimentar a alma e devem permanecer como um ato de conexão com o universo.

Por que é importante manter discrição ao ajudar os outros? 

Manter discrição ao ajudar os outros protege você e a pessoa ajudada de possíveis energias negativas. Além disso, essa prática fortalece a sua conexão espiritual, pois o bem feito não busca reconhecimento externo, mas sim uma conexão profunda com o Divino.

Como sempre reforço, estou aprendendo e busco ser diferente a cada dia. Por isso, caso você navegue no menu Anuário do SHD, verá que nos primeiros anos do blog, em atividades de solidariedade, eu não apenas realizava as ações, como também registrava tudo. Fotos e vídeos das entregas de cestas básicas, marmitas para a população de rua, roupas, calçados, brinquedos—tudo era capturado e mostrado nas redes sociais e no blog. A intenção era transparente: mostrar não apenas para nossos leitores e seguidores as ações solidárias com o Fusquinha do Bem do SHD, mas também prestar contas aos colaboradores e doadores, mostrando para onde suas contribuições estavam indo.

No entanto, com o tempo, algo começou a mudar dentro de mim. Embora o propósito fosse positivo, percebi que eu não me sentia mais confortável em compartilhar fotos e vídeos dessas pessoas, especialmente das crianças. A exposição dessas imagens não parecia mais estar em alinhamento com o que eu acreditava ser a verdadeira essência de fazer o bem. Foi por isso que decidi não mais publicar esse tipo de conteúdo no blog ou nas redes sociais. Esse foi um momento importante de mudança para mim e para o SHD.

Muitos leitores ainda me questionam se eu parei com essas ações, já que não veem mais os registros. Mas, como menciono neste artigo, eu não parei. Apenas entendi que isso é algo entre mim e o Divino. Continuo ajudando, e muitos dos colaboradores e doadores que estiveram comigo desde o início permanecem. Eles sabem que o bem continua sendo feito, agora em sigilo, com muito respeito e discrição. É uma prática que envolvo eu, os doadores, os colaboradores, e, acima de tudo, o Divino.

Conclusão

Ao refletir sobre o tema, percebo que a verdadeira grandeza não está em exibir o que fazemos, mas sim em agir em silêncio. Fazer o bem sem alarde é uma prática que fortalece nossa conexão com o Divino e nos protege das influências externas que podem prejudicar nossa energia e intenções. O ato de ajudar deve ser sempre genuíno, entre você e o universo. A partir do momento em que o compartilhamos com terceiros, podemos abrir portas para sentimentos de inveja, ressentimento ou mal-entendidos.

Essa reflexão faz parte do meu processo de desenvolvimento, no qual tenho aprendido que, muitas vezes, eliminar hábitos negativos é tão importante quanto adquirir novos. Manter a boca fechada sobre nossas boas ações é um desses hábitos a ser cultivado.

Pensamento Final

E você, já parou para pensar em como suas boas ações podem ser afetadas quando divulgadas? Que tal começar a praticar o silêncio e manter suas ajudas entre você e o Divino? Reflita sobre como isso pode trazer mais paz, proteção e conexão espiritual para sua vida.

Se você gostou dessa reflexão, continue acompanhando o SHD para receber mais conteúdos sobre desenvolvimento pessoal e espiritual. Entre em contato comigo pelo WhatsApp para feedbacks, sugestões ou comentários.

Desejo a todos sucesso, saúde, proteção e paz. 

Um forte abraço, Alessandro Turci. 

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