Meta Investirá Milhões para Capturar Vozes de Celebridades para IA

A Meta está oferecendo milhões às celebridades para usar suas vozes em produtos de IA, apostando em chatbots personalizados para o futuro.

A Meta está intensificando seus esforços no campo da inteligência artificial, oferecendo milhões de dólares a celebridades em troca do direito de capturar e utilizar suas vozes em produtos de IA. De acordo com relatórios da Bloomberg e do The New York Times, nomes como Judi Dench, Awkwafina e Keegan-Michael Key estão entre os solicitados para integrar essa nova fase de desenvolvimento tecnológico da empresa.

Meta e sua corrida contra o tempo

A Meta está sob pressão para garantir a participação dessas celebridades antes do Connect 2024, evento marcado para setembro. No evento do ano passado, a empresa apresentou chatbots de IA com rostos de figuras conhecidas como Kendall Jenner, Tom Brady e Paris Hilton. No entanto, apesar dos milhões investidos, esses chatbots não conseguiram conquistar popularidade nas redes sociais, o que levou à interrupção do projeto.

Por exemplo, o personagem "Dungeon Master", criado a partir da imagem de Snoop Dogg, alcançou apenas 15.000 seguidores, enquanto a irmã de Kendall Jenner atingiu 118.000 seguidores no Instagram. Esses números aquém das expectativas forçaram a Meta a reavaliar sua abordagem para a criação e promoção de chatbots de IA.

A polêmica da clonagem de voz

O uso de vozes de celebridades em produtos de IA tem gerado debates, especialmente após a OpenAI, concorrente da Meta, demonstrar um chatbot que soava "estranhamente semelhante" à atriz Scarlett Johansson. A semelhança não passou despercebida, e Johansson contratou um advogado, levando a OpenAI a remover a voz em questão.

Essa situação destacou os desafios éticos e legais envolvidos na clonagem de voz, pressionando empresas como a Meta a garantirem os direitos de uso das vozes de maneira legítima e transparente.

A nova estratégia da Meta

Diferente de outras empresas que apostam em chatbots generalistas como o ChatGPT, a Meta está investindo em uma comunidade diversificada de chatbots personalizados. Em julho, a empresa lançou um estúdio de IA que permite a criação de bots com funções específicas, como a treinadora terapêutica Luna e o Career Catalyst, um bot focado em aconselhamento de carreira.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, comentou sobre essa nova abordagem durante a conferência SIGGRAPH 2024, enfatizando a importância de haver uma diversidade de IAs. "Não deve haver apenas uma grande IA", afirmou Zuckerberg. "Acreditamos que o mundo será melhor e mais interessante com uma diversidade dessas coisas diferentes."

Conclusão

A aposta da Meta em capturar vozes de celebridades para a criação de produtos de IA reflete a crescente importância da inteligência artificial no entretenimento e nos negócios. Com uma estratégia focada em chatbots personalizados e diversificados, a empresa busca se destacar em um mercado competitivo, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios legais e éticos.

Curiosidade: A clonagem de voz não é uma novidade, mas a possibilidade de criar versões digitais de celebridades em plataformas de IA está levando a questões legais e éticas nunca antes exploradas, especialmente quando a semelhança com as vozes originais é tão convincente que confunde até os próprios artistas.

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