Smartphone ao Seu Filho

Especialista da NYU recomenda que a idade ideal para crianças receberem smartphones é aos 14 anos, visando proteger a saúde mental dos jovens.

Em um cenário onde o debate sobre o impacto dos smartphones na saúde mental das crianças é cada vez mais presente, Zach Rausch, pesquisador da Universidade de Nova York, sugere que a idade ideal para introduzir esse dispositivo na vida de uma criança é aos 14 anos. Em uma análise apresentada pela CNBC Make It, Rausch, que também é autor do best-seller “The Anxious Generation” em coautoria com Jonathan Haidt, fundamenta sua recomendação em diversos estudos que associam o uso precoce de smartphones a efeitos negativos significativos na saúde mental dos jovens.

Impacto dos Smartphones na Saúde Mental

Uma pesquisa conduzida pela Sapien Labs, abrangendo 27.969 jovens de 18 a 24 anos em 41 países, revelou uma correlação preocupante: quanto mais cedo uma criança recebe seu primeiro smartphone, pior é seu estado de saúde mental. Especificamente, 74% das meninas que adquiriram um smartphone aos seis anos relataram sentimentos de angústia ou dificuldades emocionais. Esse percentual diminuiu para 52% entre as que receberam o dispositivo aos 15 anos. Entre os meninos, 42% que receberam um smartphone aos seis anos relataram angústia, comparado a 36% daqueles que só obtiveram o dispositivo aos 18 anos.

A Pressão de um Mundo Online

Apesar das evidências dos impactos negativos, muitos pais sentem a necessidade de fornecer smartphones a seus filhos para monitorar sua localização e manter contato constante. No entanto, Rausch enfatiza que é crucial manter esses dispositivos longe das mãos de crianças e pré-adolescentes, sugerindo que os smartphones sejam introduzidos apenas na entrada do ensino médio, aos 14 anos, e que o uso de redes sociais seja iniciado apenas aos 16 anos. Ele também defende a implementação de políticas de escolas livres de telefones, desde o jardim de infância até o ensino médio, para minimizar distrações e promover um ambiente educativo mais saudável.

Criação de Normas Coletivas

Rausch reconhece que as idades recomendadas podem parecer arbitrárias. No entanto, ele argumenta que estabelecer uma norma coletiva pode facilitar a adoção dessas práticas pelos pais, criando um ambiente mais uniforme e seguro para todas as crianças. “Se pudermos concordar juntos, torna-se muito mais fácil agir”, explica Rausch. A adoção dessas diretrizes pode ajudar a evitar os impactos negativos observados em crianças mais jovens, proporcionando um desenvolvimento mais saudável durante um período crítico de crescimento.

Conclusão

As recomendações de Zach Rausch para adiar a introdução de smartphones até os 14 anos e o uso de redes sociais até os 16 são fundamentadas em uma preocupação crescente com a saúde mental das crianças em um mundo digital cada vez mais presente. Implementar essas diretrizes pode ser uma medida importante para mitigar os efeitos negativos dos smartphones, promovendo um ambiente mais saudável para o crescimento e desenvolvimento dos jovens. Com uma abordagem coletiva e consciente, pais e educadores podem contribuir para um futuro onde a tecnologia seja utilizada de forma benéfica e segura.

Este texto é baseado na fonte de pesquisa "Administradores" em "Esta é a idade certa para dar um smartphone ao seu filho, diz especialista da NYU".

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