Ilustração Reprodução Divulgação
Por Alessandro Turci, Criador do Seja Hoje Diferente
Imaginar realidades alternativas é um exercício intelectual fascinante, especialmente quando se trata de revisitar eventos históricos. Contudo, há teorias que ultrapassam os limites da especulação e adentram o terreno da controversa Hipótese do Tempo Fantasma, apresentada pelo historiador alemão Heribert Illig.
De acordo com Illig, a Idade Média, no período de 614 a 911 d.C., não teria existido em sua totalidade. Sustenta que figuras poderosas, como o Papa Silvestre II, o Imperador Romano-Germânico Otão III e talvez Constantino VII, fabricaram eventos e registros históricos para alinhar o início do reinado de Otão com o ano 1000 d.C. Essa audaciosa afirmação sugere que a história medieval, incluindo a presença árabe na Espanha, seria uma invenção.
A implicação dessa teoria é extraordinária. A negação de eventos como a expansão árabe e as conquistas de Carlos Magno desafia a compreensão tradicional da formação da Europa medieval. A existência do Império Carolíngio e do Império Bizantino é questionada, desafiando não apenas os relatos históricos, mas também a evidência arqueológica associada a esses períodos.
Ao seguir essa linha de raciocínio, a contagem dos anos seria ajustada, colocando-nos em 1727 em vez de 2024. Parece absurdo, mas Anatoly Fomenko, professor de matemática da Universidade Estadual de Moscou, vai ainda mais longe. Ele propõe que a história da humanidade começou em 800 d.C., sugerindo que eventos anteriores são fictícios. Batalhas épicas, como as de Júlio César, e conquistas como as de Alexandre, o Grande, seriam simplesmente inventadas.
Essas teorias desafiam não apenas a cronologia tradicional, mas também questionam a validade de eras consideradas menos significantes. Críticos argumentam que isso é uma tentativa de redesenhar o passado, menosprezando períodos fundamentais da história validados por arte, escritos e evidências arqueológicas. Afinal, a riqueza cultural da Idade Média e períodos anteriores é respaldada por uma variedade de fontes.
É vital lembrar que estas teorias são altamente controversas e não encontram amplo respaldo acadêmico. A vasta documentação histórica, obras de arte, e os vestígios arqueológicos respaldam a narrativa tradicional.
A Hipótese do Tempo Fantasma e as ideias de Fomenko, por mais intrigantes que sejam, carecem de sustentação robusta diante da vasta base de conhecimento histórico consolidado ao longo dos séculos. Entender e apreciar a complexidade da história exige um equilíbrio entre o ceticismo saudável e o respeito pelos consensos estabelecidos.
Agradeço sinceramente por dedicar seu tempo à leitura deste artigo no Seja Hoje Diferente. Espero que tenha encontrado esta exploração sobre a Hipótese do Tempo Fantasma e as teorias de Anatoly Fomenko tão intrigante quanto eu.
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