*Por Ulisses de Souza
Quando pensamos nas oportunidades que nascem em diferentes culturas e geografias, o conceito de ajustarmos o modelo de negócio para cada região parte do princípio de que o ecossistema local necessita de um prévio estudo do ambiente. Sem o conhecimento de como funciona a cultura mercadológica x comportamento sociocultural de cada estado brasileiro, cada país e consequentemente o povo ali residente, não há prosperidade. A barreira natural de “pré-conceitos” advindos do que é o desconhecido, independente do método empregado e o share, não garantem a estabilidade e a conquista do espaço.
Há uma crença de que pelo Brasil e Portugal serem países de uso da mesma língua, ocorrem facilidades no ambiente de negócios e no relacionamento cultural. Na prática, são culturas díspares e com visões de negócios bem distintas. Enquanto no Brasil, por hábito, desenvolvemos relações mais próximas em algumas situações, os portugueses se apresentam mais conservadores em não divulgar as suas estratégias.
Entretanto, há sinergia no que se refere à vanguarda do Brasil na área de tecnologia. Com a digitalização crescente no Brasil e agora em processo de implementação em Portugal, as oportunidades vêm se materializando e fomentando laços de parceria.
Observamos como o produto de Software House tem apelo em terras portuguesas que serve como porta de entrada para a Europa com a Espanha em sua fronteira. Além disso, a mão de obra brasileira em projetos de Outsourcing, e com expertise em linguagens de programação e desenvolvimento, possibilitam essa cooperação.
A estratégia para o mercado português tem sido ampliada com importantes, parcerias, entre elas, a Atlantic Hub, que desde 2016, tem domínio sobre o ecossistema local, nos possibilitando ser mais assertivos em nossa abordagem. O filtro realizado, por empresas que necessitam dos serviços da Hypesoft, passa por essa estratégia a quatro mãos, o que maximiza o raio de cobertura para o agendamento e posterior apresentação do core business de tecnologia.
A primeira análise para os europeus, quando se busca importar serviços de tecnologia do Brasil, é a mão de obra mais barata em relação ao câmbio. Outro destaque são as skills e o conhecimento ampliado do mercado de tecnologia. No Brasil, com a crescente demanda com o surgimento de fintechs, healhtechs, agrotechs entre outros, arregimentou-se uma gama de profissionais com excelente capacitação técnica, e com experiência nestes modelos de estrutura de negócios.
Entender as barreiras naturais do regionalismo é o ponto alto na internacionalização de negócios e relacionamento comercial entre diferentes culturas. Estudar com planejamento, viver o ambiente e entender a política local é o primeiro passo para a tomada de decisão.
*Ulisses de Souza é diretor comercial e de marketing da Hypesoft, consultoria global de tecnologia especializada em outsourcing, desenvolvimento de soluções de tecnologia sob demanda e hunting. Com passagens em segmentos de BPO de Contact Center, Consultoria em Projetos de Engenharia e Setor de Logística e Transportes, coleciona diversas experiências na gestão de novos projetos e negócios.
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