Você sabe o que são big techs?

Um novo termo tem ganhado destaque na internet e chamado a atenção nas big techs: as demissões em massa, também conhecidas como lay-offs. Mas afinal, por que esse fenômeno está ocorrendo?


Grandes empresas de tecnologia têm sido destaque nas manchetes mundiais recentemente devido às demissões em massa de milhares de funcionários. A prática conhecida como lay-off está sendo adotada por empresas como Amazon, Google, Microsoft e outras gigantes do setor de tecnologia.


Em um cenário de contração econômica global, essas demissões em larga escala podem ser indicativas de algo maior que se aproxima.

O que são as big techs?

As Big Techs são as gigantes do setor de tecnologia que dominam o mercado. 


Em sua maioria localizadas no Vale do Silício, essas empresas começaram como pequenas startups, criando serviços inovadores, disruptivos e escaláveis, como empresas de digitalização de documentos, por exemplo.


Na prática, elas têm moldado a forma como as pessoas trabalham e se comunicam, como é o caso da Salesforce, bem como os comportamentos dos consumidores.


A presença dessas gigantes da tecnologia é sentida diariamente em nossas vidas. Nas redes sociais, nos aplicativos de transporte, no streaming de vídeo e em muitos outros aspectos relacionados à inovação. 


Seu principal objetivo é atender às demandas do consumidor e, com isso, continuar crescendo. Para isso, cada uma das Big Techs apresenta sua própria gama diversificada de aplicativos e serviços em nuvem em muitos casos. 


E todas elas operam com algo que se tornou um verdadeiro tesouro nos dias de hoje: a coleta e a acumulação de dados.


Em uma visão prática, imagine uma empresa que trabalha com antimônio e não tem mais demanda sobre isso. Ela precisa reduzir em alguma parte.

Demissões em massa nas big techs

As demissões em massa no mercado de tecnologia não são uma grande surpresa, considerando que os ganhos do setor enfraqueceram substancialmente em meio à crise econômica.


CEOs e especialistas apontam diversos impactos nas empresas, incluindo o aumento da inflação, o risco de recessão global e a mudança de comportamento dos consumidores, que estão retornando ao mundo offline após o período de alta demanda online durante a pandemia, o que afetou negativamente o valor das ações das grandes empresas de tecnologia.


No caso da Meta, Mark Zuckerberg afirmou que a redução de 13% na equipe é uma correção de curso após a empresa ter realizado uma onda de contratações durante o boom do varejo online durante a pandemia.


Além disso, a Meta, que depende fortemente da publicidade para sua receita, também foi afetada pelas mudanças na política de privacidade da Apple. O preço de suas ações caiu mais de 20% quando divulgou seus ganhos trimestrais na última semana de outubro. 


A desvalorização das ações também resultou em demissões em empresas renomadas, como Intel, Lyft, Shopify e Snapchat. Apesar de anunciar lucros recordes e superar as estimativas, a Apple atribuiu sua desaceleração à economia global.


O mesmo acontece com a Amazon: segundo a empresa, a redução de sua força de trabalho é um sinal de que os consumidores estão comprando menos, especialmente semanas antes da temporada de festas, período que tradicionalmente é o melhor do ano para o comércio eletrônico.


A Amazon, é um caso à parte, pois outras diversas empresas dependem dela, até mesmo uma assistência técnica nobreak, por exemplo.

O que é layoff?

Embora em português essa palavra possa ser traduzida como demissão, na prática ela é usada para descrever um período de inatividade no contrato de trabalho que ocorre em massa, e tem se tornado mais comum em grandes empresas de tecnologia.


Imagine que você é dono de uma empresa e presta serviços de revendedor intelbras, passa por problemas e precisa rever alguns custos, o layoff serve para te proteger no momento.


A principal diferença entre o lay-off e a demissão é que, no lay-off, é estabelecido um prazo para que o trabalhador retorne ao trabalho, ou seja, não há rescisão contratual, mas sim uma interrupção temporária do contrato para que o trabalhador tenha um período de inatividade em relação à empresa.


O lay-off surgiu como uma medida para evitar demissões em massa, mas a forma como tem sido implementado tem chamado a atenção devido às proporções sem precedentes, especialmente quando consideramos o peso significativo das grandes empresas de tecnologia na economia e no futuro dos negócios em geral.


Essas empresas desempenharam um papel central na inovação nas últimas décadas, e o fato de terem que recorrer a essa estratégia gera desconforto e apreensão em relação ao que ainda está por vir.

Layoff no Brasil

Prevista na legislação brasileira desde 2001 e regulamentada pela medida provisória 2.164-41, o lay-off é uma medida que oferece às empresas a possibilidade de se recuperarem em momentos de crise, instabilidade financeira ou outras adversidades econômicas.


A principal motivação para as empresas adotarem o lay-off é assegurar a viabilidade econômica da companhia e preservar os empregos dos funcionários.


No contexto específico do Brasil, o lay-off se popularizou em 2015, durante a crise enfrentada pelo setor automobilístico, quando um grande número de trabalhadores teve seus contratos de trabalho suspensos como forma de evitar demissões em massa. 


Essa prática tem sido utilizada como uma estratégia para mitigar os impactos econômicos em determinados setores e preservar empregos em momentos de dificuldades. 

Por que tantos acontecimentos semelhantes nos últimos meses?

Tudo teve início devido à pandemia da COVID-19. Durante o auge do lockdown, muitas empresas investiram significativamente na contratação de talentos, aproveitando o cenário favorável de rápida transformação digital.


Mas por que só no mercado da tecnologia? Por que uma empresa de compressor industrial não passa pelos mesmos problemas?


Para se ter uma ideia, a Microsoft, por exemplo, aumentou sua força de trabalho em 50% durante esse período, enquanto a Alphabet em 57%, e assim por diante.


Entretanto, atualmente, as coisas mudaram. Enfrentamos um momento de incerteza econômica, com a alta da inflação, um período de instabilidade geopolítica, países endividados devido aos impactos da pandemia e outros desafios.


Qual o resultado de tudo isso? As empresas estão perdendo valor de mercado e, consequentemente, precisam realizar demissões em larga escala ou implementar afastamentos para garantir sua sobrevivência financeira. 


Além disso, a crescente competitividade torna ainda mais difícil a situação para as empresas.

O que explica as demissões em massa?


Em uma economia globalizada como a atual, todas as economias estão interconectadas como fios em uma rede. Quando um desses fios, especialmente se for um fio importante como a economia dos Estados Unidos, enfrenta problemas, toda a rede é afetada. 


Um exemplo disso foi a recessão de 2007 nos EUA, que teve repercussões em todo o mundo.


Isso evidencia que o lay-off nessas grandes empresas de tecnologia não é resultado de um único motivo, mas sim de uma série de fatores alarmantes quando analisados cuidadosamente.


Imagine uma empresa de automação que de uma demanda - a demanda que esperavam ter - para justificar a necessidade de funcionários ativos. Isso é um problema que ela precisa resolver.


Em outras palavras, o lay-off pode aumentar ou diminuir de acordo com as necessidades dessas empresas em termos de funcionários ativos, o que está diretamente relacionado com a conjuntura econômica atual, uma vez que a falta de demanda ocorre devido à retração econômica.


Não podemos prever com certeza como será a situação no próximo semestre, mas podemos acompanhar os números e as análises econômicas para compreender melhor o rumo que essas empresas seguirão. Afinal, em sua essência, seus movimentos são orientados pelo objetivo de lucro.

Como se preparar para uma demissão em massa

Seja você um grande executivo de uma big tech ou um vendedor de uma empresa de manutenção de chiller, é provável que você ou alguém que você conheça já tenha passado por uma demissão em algum momento. 


O aumento da concorrência, uma desaceleração econômica ou até mesmo um desastre natural podem resultar na perda de empregos. Após passar por isso, é importante que o profissional faça alguns cuidados, como:


  • Mantenha o currículo atualizado;

  • Busque por contatos antigos;

  • Entre em sites de vagas;

  • Procure por trabalhos freelance.


Não importa o quão estável e segura sua carreira possa parecer, receber o tão temido aviso de dispensa pode acontecer com qualquer um, muitas vezes sem qualquer culpa própria. 

Conclusão

Não importa se você é um trabalhador de reparo de impressora ou um diretor, ser desligado do emprego é sem dúvida um dos eventos mais estressantes da vida, mas há medidas que você pode tomar para tornar essa transição um pouco mais suave. 


Certifique-se de ter alguma reserva financeira, mantenha seu currículo sempre atualizado, entre em contato com sua rede de contatos e negocie possíveis indenizações. 


Lembre-se de que ser demitido pode ser uma oportunidade para refletir sobre sua vida e buscar fazer aquilo que você mais ama.

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