Aeroporto Carlos Prates funciona desde 1944, mas a Infraero só só está autorizada a gerir o local até o dia 1º de abril
O fechamento do Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, tem gerado preocupação e deve ser discutido na Câmara dos Deputados. De acordo com uma portaria publicada no Diário Oficial da União pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em dezembro de 2022, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) só está autorizada a gerir o local até o dia 1º de abril. O acordo era para que o Governo Federal e o governo de Minas Gerais achassem outro meio para a gestão do terminal, o que não foi cumprido. Por isso, a deputada Greyce Elias (Avante-MG) protocolou um projeto de lei para que a Infraero fique no comando do aeroporto por mais dois anos. No entanto, na falta de tempo hábil para apreciação do projeto, foi necessário um requerimento de urgência. O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, tem se reunido com parlamentares da bancada mineira, mas está inclinado a deixar que o terminal encerre suas atividades.
Em nota, o Ministério de Portos e Aeroportos informou que as operações atuais poderão ser alocadas em outros aeroportos como o da Pampulha e o de Confins. O Aeroporto Carlos Prates funciona desde 1944, onde também está localizado o Aeroclube de Minas Gerais, que se dedica à aviação desportiva geral de pequeno porte e de helicópteros, além da manutenção, instrução e construção de ultraleves. Em entrevista à Jovem Pan News, a deputada Greyce Elias contou que está em articulação com o ministério para evitar o fechamento e apresentar planos de melhorias no local: “A gente vai ter a oportunidade de ter investimentos importantes naquele aeroporto. Para que a gente possa ter ele por um longo espaço de tempo para Minas Gerais, fazendo com que a aviação de formação seja cada vez mais valorizada. Uma vez que nós temos, em 80 anos de existência daquele aeroporto, mais de 85 mil pilotos já formados. Nos últimos 20 anos a gente têm formado mil pilotos por ano. Demonstrando que é uma escola reconhecida nacionalmente”.
“Com o apoio de uma parceria público-privada a gente têm como adotar aquele bosque, aquele parque que temos ao lado, para abrir aquela área tão importante para os moradores da região. Nós temos ao lado do Aeroporto Carlos Prates um dos principais hospitais de Belo Horizonte. Podemos fazer ali um ponto de apoio para que a gente possa ter um heliponto onde vidas podem ser salvas”, argumentou a parlamentar. A articulação pela manutenção do aeroporto também chegou ao Senado Federal, onde o senador Rodrigo Pacheco (PSD) pode pautar o projeto em regime de urgência, com a possível relatoria do senador Marcos Pontes (PL).
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