*Charles Everson Nicoleit
Com as questões climáticas e temas relevantes a respeito do efeito estufa, as construtoras e todo o setor de construção civil, que consomem diversos recursos naturais não renováveis, começam a perceber a necessidade de alinhar seus projetos respeitando as Leis Ambientais.
Primeiramente para contar com a liberação ambiental e executar suas obras, as construtoras passam por exigências em órgãos responsáveis e fiscalizadores. Nesse sentido, é importante que sejam executadas soluções de reaproveitamento, como desperdício e reutilização de água e energia elétrica. Além disso, projetos contemplando ambientes com posições ou aberturas para iluminação natural, placas fotovoltaicas e reutilização de materiais são fundamentais para colaborar com as questões da sustentabilidade.
Os caminhos a serem percorridos, após todos os estudos da construtora, análises e riscos, começam com a L.P (licença prévia) no órgão responsável, que pode variar em cada município. Este órgão analisa a tipologia da obra, fazendo as exigências previstas para aquele local e projeto.
Após a conclusão e com as exigências previstas realizadas, vem a segunda etapa, chamada de L.I (licença de instalação). Muitos projetos retornam com exigências complementares deste órgão para qualificarem o que está previsto nas Leis e Normativas Ambientais.
Com a conformidade da L.I, a próxima etapa é a L.O (licença de operação), necessária para começar a construção e fazer os devidos movimentos de terra e implantação do projeto horizontal ou vertical de loteamentos, casas, indústrias ou prédios.
As necessidades e apelos ambientais para controlar e minimizar os impactos ao meio ambiente, com compromissos internacionais realizados pelo Governo Brasileiro, são chamadas de obras ou projetos sustentáveis.
Esse despertar de cuidado com o meio ambiente não acaba com o fim da obra. Também há uma preocupação com o bem-estar de seus clientes. Com isso, se criam propostas de melhoria do convívio social nessas construções. As construtoras, preocupadas em causar menores impactos ambientais, harmonizam as obras construídas e orientam os moradores com explicações dos projetos da edificação, mitigando os desperdícios e ficando cada vez mais perto do efeito desejado.
Durante a fase de entrega das chaves, os condomínios são preparados pela própria construtora para usarem materiais recicláveis, cuidarem dos descartes corretos e realizarem a separação de lixos, pois o empreendimento contempla depósitos para armazenar cada tipo de descarte e dejetos produzidos pelos moradores, sejam restos de óleo saturado, plástico, papel, alumínio ou vidro. Atualmente existem empresas que reutilizam estes materiais, coletando e reciclando.
Para garantir um destaque como projeto sustentável, as construtoras submetem-se a uma auditoria dos por órgãos exigentes e normatizadores, buscando atingir a meta de melhor reutilização de materiais nas obras para, desta forma, conseguirem as certificações.
As construtoras também podem, e devem, se tornar membros desses órgãos, utilizando cursos e palestras sobre construções com uma veia ecológica, seminários e especializações, prevenindo os impactos ambientais.
Sobre Charles Everson Nicoleit
É gestor de obras e empresário com quase 30 anos de experiência nesse segmento. Também é membro de associações da construção civil, construção selo verde e sustentabilidade. Possui diversas certificações e cursos que o habilitam como referência no mercado de construção civil.
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