Os números são dados importantes no dia a dia das pessoas, seja para encontrar em um portão automático preço acessível ou agendar compromissos. O IBGE lida com números e outros dados referentes ao país inteiro e, sem ele, muitas coisas não seriam possíveis.
Toda a população está acostumada com os recenseadores do IBGE batendo na porta das casas e fazendo as mais variadas perguntas sobre o imóvel e a família.
Por mais que os resultados não sejam visíveis para a maioria das pessoas, os dados levantados nessas pesquisas são indispensáveis para diversas medidas do governo e de empresas privadas, que levam em conta esses números conseguidos na pesquisa.
A atuação mais comum desse órgão público é o Censo Demográfico, realizado a cada dez anos. Funcionários passam de casa em casa com aparelhos similares a um terrômetro fazendo perguntas e registrando as respostas em uma grande base de dados.
Essa base de dados, cruzada com outros dados coletados pelo IBGE, oferece ao governo informações sobre a população, a condição das habitações, a geografia do país, os sistemas de saneamento, de saúde, de educação, taxas de desemprego, etc.
É importante esclarecer a relevância do IBGE para o país como um todo. Muitas pessoas evitam responder às pesquisas mas, com dados imprecisos, muitas das decisões tomadas pelos governantes se tornam ineficazes.
O que é o IBGE?
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é um órgão do governo responsável por fazer pesquisas e mapeamentos sobre o país e a população. É vinculado ao Ministério da Economia e possui mais de 568 Agências de Coletas de Dados.
Além do Censo, que levanta dados como quantas casas possuem um aquecedor a gás Rheem, quantos banheiros com água encanada existem na casa e com qual raça o entrevistado se identifica, o IBGE faz inúmeras outras pesquisas.
Algumas delas, tiradas diretamente do site do IBGE, são:
Demografia das Empresas;
Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil;
Educação e Trabalho;
Indicadores Agropecuários;
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF);
Atlas de Saneamento;
Coleção de Mapas Municipais;
Densidade demográfica;
Malha Municipal.
Diferente do que muitas pessoas imaginam, o IBGE também é o responsável por informações geográficas extremamente importantes. Os próprios mapas do Brasil são feitos a partir desses dados.
Recursos como levantamento planialtimétrico preço acessível são utilizados para a obtenção das informações necessárias para se medir com precisão as variações geográficas do país.
O IBGE segue duas fontes para a determinação das metodologias de pesquisa escolhidas, a Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) e as diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU).
Conheça a história do instituto
A necessidade de recolher dados sobre o país e a população vem do período imperial, quando as pesquisas eram feitas por um órgão chamado Diretoria Geral de Estatística.
Com a implantação do registro de casamentos civis, nascimentos e óbitos, após a Proclamação da República, a Diretoria, que tinha poderes limitados, precisou evoluir.
A partir do Instituto Nacional de Estatística (INE) criou-se o IBGE, em 1938, para realizar o trabalho que a Diretoria não seria capaz de fazer. Esse novo órgão seria maior do que o seu antecessor, o que ajudaria a coletar dados mais precisos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística se divide em duas frentes, o Conselho Nacional de Geografia e o Conselho Nacional de Estatística, e vem sendo aprimorado desde então.
Cada setor é responsável por levantar e analisar diferentes informações e gerar relatórios, gráficos e mapas que podem ser acessados pelo site do Instituto.
Algumas reformas políticas, entretanto, como o desmonte do IBGE, dificultam o funcionamento desse órgão vital para o país. Em 2021, o Instituto sofreu um corte de quase 90% nos investimentos que viabilizam a execução das pesquisas e mapeamentos.
O investimento no IBGE não é opcional, uma vez que todos os dados necessários para o andamento do país são levantados pelo Instituto.
Também é dever do cidadão, além de participar das pesquisas, acompanhar as medidas do governo para a manutenção do IBGE e o fim dado para as informações obtidas.
Qual a finalidade do instituto?
Os dados levantados pelo IBGE norteiam as tomadas de decisão do governo e a criação de novas políticas públicas para melhorar as condições de vida dos cidadãos e das empresas brasileiras.
Em 2020, o trabalho foi prejudicado por conta da pandemia de COVID-19, que levou ao adiamento do Censo. Problemas com uma pesquisa geram um efeito dominó, pois diversos setores dependem uns dos outros para funcionar.
O caso do Censo é o mais perceptível, uma vez que os cidadãos estão diretamente envolvidos com o levantamento das informações. A partir dele são feitos repasses de dinheiro e outros recursos para educação, saúde, moradia, etc.
Em um exemplo hipotético, saber quantas casas têm rodapé Santa Luzia informa aos órgãos competentes qual o estado das construções em determinada região, se há revestimento ou se estão inacabadas, quais as condições de salubridade e segurança, etc.
O acesso aos dados não é restrito ao governo e podem ser utilizados por diversos setores. Empresas podem usar essas informações em políticas internas, estratégias de marketing, posicionamento no mercado, prospecção de novos clientes e segmentos, etc.
Organizações Não Governamentais (ONGs) e sem fins lucrativos também usam esses dados para entender onde devem direcionar seus esforços a fim de ajudar a população. Já o meio acadêmico usa o IBGE como fonte de conhecimento para suas próprias pesquisas.
Qual a importância desse órgão?
Como já foi mencionado, os problemas ocorridos com um levantamento prejudicam a obtenção de outras informações também. Além disso, dados incompletos ou imprecisos geram grandes falhas na criação de políticas públicas.
A partir do banco de dados do IBGE é possível saber quais são as regiões mais necessitadas de recursos e fazer o repasse adequado. Assim, escolas podem contratar professores capacitados, hospitais recebem medicamentos e reformas, entre outras coisas.
A ausência de lixeira de calçada pode sugerir uma defasagem grave nos sistemas de saneamento público. Com essas informações, soluções são viabilizadas pelo governo em parceria com as empresas fornecedoras desse serviço para atender à população.
Da mesma forma que uma empresa precisa fazer pesquisas de mercado e satisfação constantemente, os dados levantados pelo IBGE possibilitam ao governo uma visão mais clara do que acontece com o país para que as medidas necessárias sejam tomadas.
Sem ele não seria possível criar e executar programas de auxílio, cortes e repasses de orçamento e até mesmo promessas de campanha política. Esses dados retratam o Brasil como ele é e é fundamental que todos deem a sua colaboração.
Qual a influência do IBGE nas políticas públicas?
Como explicado anteriormente, o governo e os órgãos competentes utilizam as informações do IBGE para criar recursos públicos, como auxílios, programas de assistência social e outras medidas, visando suprir necessidades da população.
Durante o recenseamento, os trabalhadores de uma empresa que faz instalação elétrica aparente conseguem responder às perguntas dos pesquisadores para que os órgãos responsáveis possam tomar as medidas cabíveis caso haja algum problema.
Esse tipo de dado, mapeado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), já inspirou programas como o Minha Casa, Minha Vida. O programa previa metas específicas para resolver o déficit habitacional com eficiência e sem desperdício de recursos.
Com esses números, o governo consegue negociar com empresas como uma fábrica de cabos elétricos para fornecer os suprimentos necessários para a execução do plano com custos mais acessíveis para a população necessitada.
As novas pesquisas indicarão se as medidas surtiram o efeito desejado e trouxeram resultados.
Caso isso não tenha acontecido, o processo de avaliação do problema, criação de um novo plano, novas políticas públicas e, enfim, a implementação dessas soluções, inicia-se novamente.
Mas, se os resultados foram atingidos, os indicadores precisam ser mantidos e aprimorados. As pesquisas ajudam a identificar como isso pode ser feito e onde mais o projeto pode ser implantado.
O banco de dados do IBGE é a fonte onde todas as instituições, secretarias e empresas buscam informações relevantes e seguras sobre o cenário atual do país. Alimentá-lo corretamente é um trabalho conjunto do governo e da população.
É de interesse do povo que as pesquisas sejam realizadas periodicamente e com regularidade, pois são elas que indicam aos responsáveis quais problemas precisam ser solucionados.
Cortes de investimento ao IBGE prejudicam toda a máquina estrutural do Brasil. É necessário estar atento às decisões políticas que se referem a esse órgão e cobrar dos candidatos eleitos os devidos recursos para o Instituto.
Da parte do cidadão, responder às pesquisas o mais corretamente possível, sem mentir ou esconder informações, é a contribuição esperada. Vale reforçar que sem informações precisas, o governo não pode formular medidas para auxiliar a população.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.