Digamos que seja possível adquirir itens de alto valor agregado, economizando dinheiro e, ainda, evitando desperdício de materiais. 

Você acreditaria? 

O chamado “luxo compartilhado”, que consiste em um grupo de pessoas que se reúnem para adquirir bens de alto valor (sejam helicópteros, aeronaves, embarcações, imóveis em localizações privilegiadas e até carros de luxo), trabalhando para tornar esses objetivos cada vez mais tangíveis.

Neste conceito, as facilidades são muitas, como a divisão de custos de manutenção, o rateio de compra em cotas, o aproveitamento contínuo do imóvel (que passa a ficar menos tempo vazio), porém, a possível indisponibilidade de agenda pessoal no momento acordado pode trazer alguns imprevistos dentre os compradores, que devem estar sempre alinhados.

Este modelo de aquisição, no entanto, é visto majoritariamente dentro da classe de alto padrão, mas tem muito potencial para ser aplicado em outros segmentos de renda, tanto para empresas que, porventura, se arrisquem nesta novidade, quanto para os clientes “normais”, que se beneficiarão com uma boa economia de custos. 

No Brasil, já existem empresas focadas no fornecimento deste serviço para o público de alta renda, todavia ainda acredito em grandes oportunidades em aberto para a expansão deste mercado a segmentos de rendas menores. 

Em termos de economia de custos, compartilhar é sempre uma ótima ideia, mas sempre há prós e contras em cada decisão. Desta forma, o luxo compartilhado acarreta saber ser maleável com a organização de agendas, para não haver mal entendidos. Então, caso você já tenha o seu imóvel próprio, pode adotar a ideia de compartilhar para economizar.

Pois, se pensarmos em termos de sustentabilidade e uso consciente de recursos naturais, ter uma residência vaga por longos períodos, implica no uso ineficiente de recursos naturais como areia, cimento, ferro e água dentre outros. Quando analisado em escala, os impactos são substanciais, tanto em disponibilidade de recursos quanto no impacto nos preços.

Ainda, é importante lembrar que, na hora de fechar qualquer contrato de compra, é necessário fazer uma pesquisa séria para certificar-se de que a pessoa ou a agência é idônea. Passo mais do que essencial para evitar problemas futuros.

Por fim, podemos dizer que o luxo compartilhado chega para trazer estilo de vida para quem não planeja gastar muito neste segmento, porém, é importante lembrar que você escolherá pessoas para dividir este diamante com você, por isso, conhecer bem quem dividir e aprender a ser maleável, tendo jogo de cintura para compartilhar e cumprir as regras de uso. Então, você está pronto para compartilhar um luxo?

*João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA-USP

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