Ao menos oito carros e cinco ônibus foram incendiados nesta segunda-feira, 12, na capital do país
Um dia depois da sede da Polícia Federal (PF) em Brasília ser alvo de ataques de manifestantes, que também incendiaram ao menos oito carros e cinco ônibus e depredaram janelas de um hotel da região, deputados, senadores e autoridades aliadas do presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram as redes sociais para rebater as acusações de que os atos de vandalismo teriam sido cometidos por bolsonaristas.
Nesta terça-feira, 13, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou que os ataques foram feitos por black blocs que “que não existiram durante todo o governo Bolsonaro”. “Eles tem cara de Black Blocs, jeito de Black Blocs, fúria de Black Blocs, cheiro de Black Blocs e violência dos Black Blocs”, escreveu o ministro em sua conta no Twitter. Assim como ele, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, falou em “táticas de guerrilhas” já antes vistas e questionou:
“A quem interessa esse tumulto?”. “Fogo em lixeiras e veículos. Já vimos esse filme antes. Não fazem parte dos movimentos conservadores”, afirmou, também compartilhando um vídeo em que os supostos infiltrados pedem a saída do presidente da República.
Ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL), o vereador de São Paulo, Fernando Holiday, também questionou a autoria dos ataques ao afirmar que membros da direita – aliados a Jair Bolsonaro – se manifestam desde 2015, mas de forma “absolutamente pacífica”. “Ontem, logo ontem, surgem manifestantes com táticas black blocs? É evidente que tem infiltração.
É evidente que tem método”, afirmou Holiday nas redes sociais. O ex-ministro das Comunicações, Fábio Wajngarten, falou em fatos lamentáveis em Brasília, pediu uma investigação imediata, mas reconheceu que há muitos ruídos e versões diferentes.
“Infiltrados serão imediatamente desmascarados”, escreveu. Em nota encaminhada ao site da Jovem Pan, o deputado federal Bibo Nunes (PL/RS) também defendeu a existência de infiltrados nos movimentos bolsonaristas na capital do Brasil. De acordo com ele, a “guerrilha” ocorrida em Brasília foi provocada pela esquerda radical. “Manifestações de quem veste verde e amarelo não são frequentadas por vândalos, mas, sim, por quem acredita na democracia e respeita a Constituição. Bolsonaristas não têm esse perfil de apoiar a desordem, a violência. […] Nossa força é o patriotismo.
A maneira que nos manifestamos é vestindo verde e amarelo, levando a bandeira do país a tiracolo e expondo nossa opinião política na companhia das nossas famílias”, exaltou no comunicado, falando em acusações sem fundamentos.
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