4 estratégias para ter bons ganhos com investimentos no ano que vem

Com 2023 batendo à porta, quem pretende cumprir a promessa de começar a investir no próximo ano deve ter atenção às melhores estratégias para fazer o dinheiro render. De acordo com o mercado financeiro, compreender o cenário econômico que vem pela frente é o primeiro passo para identificar as oportunidades de investimento que podem oferecer maior retorno.

Nos últimos anos, o Brasil tem convivido com a crise econômica. Em 2020, houve o agravamento da situação em decorrência da pandemia de covid-19, período em que 32.467 empresas empregadoras fecharam as portas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego no ano chegou a 14,1%.

Em 2021, o percentual reduziu para 11,1%, o que, em números, representava 12 milhões de brasileiros sem emprego. Paralelamente, a gravidade do cenário econômico foi percebida pela alta da inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou aquele ano na casa de dois dígitos: 10,06%.

Já em 2022, foi a vez dos brasileiros conviverem com a alta dos juros e a incerteza sobre o cenário político por ser um ano eleitoral. Na tentativa de frear a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros Selic consecutivamente até chegar ao patamar de 13,75%.

Para 2023, a perspectiva é de redução da inflação e da taxa de juros, mas ainda não será o momento da retomada do crescimento econômico. Segundo o Relatório Focus divulgado em 5 de dezembro, o IPCA pode chegar a 5,02% no próximo ano. Já a Selic deve ficar em 11,75%. 

Na avaliação de especialistas da EQI Asset, a economia global enfrentará um período de recessão em 2023, o que vai impactar nas exportações brasileiras. Já a bolsa de valores passará por um período de alta antes da redução de juros.

Como investir

Algumas estratégias podem auxiliar os investidores a alcançar melhores resultados no ano que vem. Mas antes de definir qual caminho seguir, é aconselhável avaliar qual é o objetivo e o perfil do investidor.

Para a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), entender o propósito é necessário para definir se o investimento será de curto, médio ou longo prazo. Já o perfil do investidor está relacionado à tolerância aos riscos. 

Diante dessas informações, é possível ter mais condições para analisar qual é a melhor estratégia a ser seguida para alcançar bons resultados.

Carteira recomendada

Seguir uma carteira recomendada de investimento é uma alternativa mais segura para os investidores, sobretudo iniciantes.

Profissionais que atuam no mercado financeiro têm um olhar mais apurado sobre o comportamento dos investimentos diante das variáveis econômicas. As plataformas oferecem esse tipo de suporte para quem deseja aplicar.

Investimentos em renda fixa

Uma boa opção para montar a própria carteira de investimentos é abrir espaço aos investimentos em renda fixa. A rentabilidade acompanha a taxa básica de juros Selic. Apesar da projeção de redução para 2023, o percentual de 11,75% ainda é considerado alto.

Dessa forma, os títulos públicos atrelados à Selic e os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) que pagam 100% ou mais da taxa CDI seguirão atrativos.

Investimentos em renda variável

Apesar de mais voláteis, ações também poderão ser incluídas na carteira em 2023. Diante da perspectiva de uma recessão na economia global, o mais aconselhável é apostar em empresas de setores mais tradicionais, como os grandes bancos.

Os fundos imobiliários também serão uma opção viável, pois o aumento da demanda por esse tipo de investimento e o reaquecimento de alguns setores da economia têm contribuído para o aumento da lucratividade.

Diversificação

Diversificar segue como a principal estratégia apontada pelo mercado financeiro para diluir os riscos de perda financeira. Dessa forma, a orientação é distribuir os recursos entre diferentes investimentos, respeitando o perfil de cada investidor a fim de potencializar os ganhos.