O preço do Bitcoin aumentou mais de 60% desde o início do ano. No entanto, o preço atual está quase 30% menor do que o registrado em abril.
Nesse cenário, faltando apenas alguns meses para o final do ano, os analistas estão buscando prever para onde vai o preço da maior criptomoeda até o fim de 2021.
Um dos modelos mais populares, o Stock-to-Flow, prevê o BTC explorando um território de seis dígitos no final de dezembro e ficando acima de US$ 100 mil.
No entanto, para que o Bitcoin chegue a tais alturas, ele teria que mais do que dobrar seu valor em alguns meses.
O criador do modelo, planB, recentemente descreveu alguns dos motivos potenciais que poderiam impulsionar esse aumento.
Segundo ele, um dos principais motivos é a possível aprovação de um ETF de Bitcoin.
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, recebeu inúmeras solicitações desde 2016. Entretanto, rejeitou quase todas até o ano passado. Mas Gary Gensler, presidente da SEC, disse que acha positivo um ETF de Futuros de Bitcoin, gerando especulações de que tal produto poderia de fato ser aprovado até o final deste ano.
“Se de fato acontecer, isso legitimaria a criptomoeda primária entre muitos investidores e instituições financeiras tradicionais. Afinal, eles teriam exposição ao ativo por meio de um ETF regulamentado”, disse.
Adoção massiva e China
Adoção é outra palavra crucial. Para PlanB, a legalização do Bitcoin em El Salvador será um grande catalizador no preço. Ele acredita que, após o país adotar o BTC como moeda de curso legal, bigtechs como Apple, Amazon, Google e Microsoft, podem seguir o exemplo.
Além disso, ele pontuou que um retorno do Bitcoin à China também poderia causar um boom no preço. Contudo, ele reconhece que este parece o cenário mais inimaginável no momento.
“A China tem sido contra o espaço da criptomoeda quase desde que ele existe. Este ano, porém, o país levou isso a um nível totalmente diferente, indo atrás de mineradores de ativos digitais, comércio e tudo mais”, disse.
Conforme destacou o analista, os mineradores tiveram que procurar outras regiões, o que teve efeitos adversos temporários na rede BTC. Ademais, diversas exchanges de criptomoedas centralizadas tiveram que interromper os serviços para usuários chineses.
“Consequentemente, as chances de uma reviravolta na China parecem poucas ou nenhumas. No entanto, pode não ser necessário. Os EUA – maior país do mundo em PIB nominal – já disseram que não vão seguir o mesmo caminho. Isso teve um impacto positivo nos mercados”, afirmou.
O Bitcoin está abaixo de US$ 50.000 no momento da escrita. Ou seja, para chegar ao preço mencionado, teria que dobrar de preço em apenas três meses, o que parece uma tarefa difícil:
“No entanto, a história mostra que a criptomoeda é capaz de aumentos impressionantes. Exatamente um ano atrás, era negociado a US$ 10.500. No entanto, o BTC teve um grande crescimento no final de 2020 e terminou o ano em US$ 29.000. Do ponto de vista percentual, esse é um aumento de 175% no mesmo período”, finalizou.
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