O dono da suposta pirâmide GAS Consultoria Bitcoin e Tunay Pereira Lima, seu comparsa, foram presos em 25 de agosto durante a Operação Kryptos, deflagrada pela Polícia Federal (PF).
Eles estavam na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
No entanto, após a vistoria realizada pela Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), eles foram transferidos.
Segundo a polícia, Glaidson e Tunay já estão na penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1). Eles permanecerão lá até que sejam concluídas as apurações da Corregedoria.
Glaidson está numa cela individual na mesma unidade onde estão sete chefes do tráfico da principal facção criminosa do Rio.
Direção do presídio é exonerada
Conforme informou a polícia, chegaram informações, por meio do Disque-Denúncia, afirmando que a dupla estaria usando celulares de dentro da cadeia.
A denúncia foi analisada pela Superintendência de Inteligência (Sispen) da Seap que autorizou a vistoria.
De acordo com a Seap, após o resultado das buscas e devido às “reiteradas denúncias que chegam sobre o ingresso de materiais ilícitos na unidade”, a equipe da direção (diretor, subdiretor e chefe de segurança) será exonerada.
O responsável pela decisão foi o secretário de Administração Penitenciária, Fernando Veloso. Além disso, a Seap vai ouvir todos os servidores da unidade sobre o caso.
O material apreendido foi levado para a 34ª DP (Bangu).
Glaidson pagava R$ 50 mil por aparelho
Na semana passada, já haviam sido encontrados celulares na cela ao lado da de Glaidson. Informações dão conta de que cada celular era “vendido” por R$ 50 mil ao “Faraó dos Bitcoins” para que ele continuasse comandando os negócios de dentro da cadeia,
Segundo as investigações, o esquema montado por Glaidson, que ofereceria rendimentos de 10% ao mês sobre supostas aplicações em Bitcoin, movimentou mais de R$ 38 bilhões.
O relatório final da PF mostrou que a empresa de Glaidson recebia cerca de R$ 2 bilhões por hora. Além disso, grande parte do dinheiro teria sido enviado para “paraísos fiscais” como as Ilhas de Malta.
Mesmo após a prisão de Glaidson, o negócio continuou funcionando. O repasse aos clientes era feito pela venezuelana Mirelis Zerpa, esposa de Glaidson que está foragida nos Estados Unidos.
A PF identificou uma movimentação de R$ 1 bilhão em criptomoedas na conta de Mirelis após a prisão de Glaidson.
Ainda segundo o documento, o ex-garçom usou cerca de 60 números de CPF e CNPJ para despistar as autoridades.
A polícia ainda apura se a GAS lavou dinheiro do tráfico de drogas de favelas em Cabo Frio.
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