A China anunciou a prorrogação até o próximo ano da isenção de tarifas sobre 81 produtos dos Estados Unidos, logo após alertá-la sobre as consequências do ressurgimento de práticas protecionistas nas relações comerciais.
A Comissão Tarifária do Conselho de Estado (Gabinete) afirmou que a medida entrará em vigor amanhã, vai até 16 de abril de 2022 e vai beneficiar alimentos como carne suína, de frango e bovina, frutos do mar, soja, artigos do setor automotivo, uísque, petróleo e indústrias químicas.
Nos últimos anos, a China optou por essa decisão várias vezes em um esforço para diminuir o atrito e expandir a cooperação com Washington, cujo governo anterior declarou guerra comercial.
Na manhã desta quinta-feira, o Ministério do Comércio alertou a Casa Branca que ações protecionistas não são boas para os laços entre as duas potências e nem para a recuperação da economia global.
Desse modo, ele respondeu aos relatórios de uma possível investigação que o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está preparando sobre os subsídios chineses. Os Estados Unidos realizaram investigação semelhante em 2018 e geraram um conflito tarifário que só teve trégua com a assinatura, no início de 2020, da fase inicial de um acordo entre as partes. Nesse texto, os dois países estabeleceram obrigações e mecanismos para lidar com diferenças em matéria de propriedade intelectual, alimentos e produtos agrícolas, promoção do comércio, finanças, moeda e transparência, transferência forçada de tecnologia, avaliação bilateral e solução de controvérsias.
Ele destacou o compromisso da China de importar 200 bilhões de dólares dos Estados Unidos em produtos agrícolas e marítimos, bens manufaturados como aeronaves, máquinas e aço, e artigos do setor de energia.
Também a proibição e sanções ao furto de segredos comerciais e cibernéticos, bem como medidas contra todos os tipos de contrafação, pirataria e violações de direitos autorais.
Entre outras questões, ambas as nações aceitaram que uma pode denunciar a outra se considerar que não respeita o acordo. Se não houver consenso, a reclamação pode chegar às autoridades superiores.
Mas a retaliação não deve ser aplicada se for considerada de 'boa fé' e eles poderiam abandonar o acordo de outra forma.
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