A previdência privada é um complemento à sua aposentadoria social. Saiba como você pode começar a investir hoje e confira mais sobre a sua rentabilidade!

A previdência privada é um investimento e serve como uma aposentadoria complementar à renda que se obtém do benefício garantido por lei. Ou seja, ela visa conceder uma receita a mais do que a aposentadoria oferecida pelo governo.

Esta previdência não é vinculada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas é regulamentada por alguns órgãos estatais importantes, tais como: a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que faz parte do Governo Federal e fiscaliza esse produto.

Quando se resolve fazer um investimento na previdência privada, escolhe-se o tempo e quanto se quer aplicar. Esta decisão pode ser para médio ou longo prazo, a depender do objetivo de cada pessoa.

Ao iniciar os investimentos, você tem a opção de pagar uma vez ao ano ou fazer contribuições mensais, conforme for melhor para o seu planejamento financeiro. É importante salientar que o retorno terá proporção ao investimento feito, portanto, quanto maior a contribuição, maior será a sua renda no futuro.

Uma vantagem de se investir na previdência privada, é que você não precisa esperar até o final do período de contribuição para resgatar o dinheiro, mas fique atento à cobrança dos impostos para a retirada antes do prazo.

A seguir, detalharemos qual a rentabilidade da previdência privada e quais as diferenças entre ela e a previdência social. Confira!

Quais são as diferenças entre a previdência privada e social?

A previdência social é administrada pelo INSS, e pode amparar não só aos mais velhos, mas em casos de doenças, gravidez e invalidez de funcionários registrados.

O teto desta aposentadoria em 2020 foi de R$ 6.101,06. Assim, mesmo que o seu salário seja superior, o valor desta aposentadoria não sofrerá mudanças e você receberá no máximo essa quantia mensal.

Já a previdência privada, como explicamos, você tira conforme investe, ou seja, não há teto para aposentar-se. Além disso, é administrada por instituições financeiras, gestoras, bancos e órgãos públicos específicos.

Vale lembrar que esta previdência não é exatamente uma aposentadoria, mas pode servir para planos a médio prazo como faculdade, compra de um carro ou uma casa.

Além disso, poderá acumular o dinheiro em uma reserva individual e decidir quando sacar.

Tributação da previdência privada

O retorno da poupança é estipulado por lei e não poderá ser alterado, sendo igual em todos os bancos. Já na previdência privada, é necessário pesquisar e realizar comparação de opções, pois o retorno muda conforme a seguradora.

Os valores que você investir e acumular com as contribuições podem ser resgatados depois de um tempo, mas é necessário tomar cuidado com o imposto de renda (IR), que varia conforme a tabela de tributação que se escolhe. Veja abaixo.

Tabela Progressiva

É  igual a utilizada na tributação do salário. Ela acresce conforme o valor que você recebe mensalmente. A alíquota será de:

• 7,5% para renda mensal de R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65;

• 15% para renda mensal entre R$ 2.826,66 e R$ 3.751,05;

• 22,5% para renda mensal entre R$ 3.751,06 e R$ 4.664,68;

• 27,5% para renda mensal acima de R$ 4.664,68.

Quando realizado o resgate do dinheiro a tributação aplicada é de 15%. E quaisquer ajustes devem ser feitos na declaração anual do imposto de renda.

Tabela Regressiva

Ao contrário da progressiva, esta tabela serve para o tempo dos investimentos. A alíquota começa no nível mais alto e reduz conforme o modo de aplicação. Veja os descontos abaixo.

• até 2 anos — 35%;

• de 2 a 4 anos — 30%;

• de 4 a 6 anos — 25%;

• de 6 a 8 anos — 20%;

• de 8 a 10 anos — 15%;

• acima de 10 anos — 10%.

Diferente da tabela progressiva, esse desconto não ocorre no resgate, mas a cada contribuição feita na previdência.

Planos de Mercado da previdência Privada

Há dois tipos de plano de previdência privada disponíveis no mercado. O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

No PGBL, o benefício fiscal é deduzido do valor anual investido no plano da previdência, indo até o limite de 12% da renda anual bruta.

Isso significa que poderá informar tudo o que aplicou na sua declaração completa do Imposto de Renda, conseguindo assim reduzir o valor a ser quitado.

Já no Plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), o desconto recai apenas sobre o valor dos rendimentos e não permite dedução do imposto de renda. Esse plano é aconselhado para quem é isento ou realiza a declaração simplificada do IR.

Portanto, antes de iniciar um investimento, reflita sobre quais necessidades perpassam a sua vida e qual plano é melhor para você.

 Taxas cobradas na previdência privada

Existem duas taxas. A taxa de administração é utilizada para cobrir o valor da gestão do dinheiro que é aplicado no fundo. É cobrada de forma anual sobre o valor total do patrimônio aplicado.

Já a taxa de carregamento, serve para cobrir os custos administrativos e de corretagem e incide sobre os depósitos e aportes feitos no plano. Sendo que não ultrapassa 5% sobre o valor total depositado.

Entenda os fatores da rentabilidade da previdência privada

A sua rentabilidade na previdência privada e o quanto esse produto irá te oferecer depende de vários fatores, que vão desde da instituição escolhida para fazer o seu aporte, até o tempo médio de investimento.

Além disso, há elementos na economia mundial que irão afetar o quanto você vai ganhar nessa aplicação. Como a queda na Bolsa de Valores, uma recessão ou mudanças políticas que alterem as taxas de juros. Também é necessário salientar que quem investe valores mais altos obterá maiores recebimentos.

Por fim, cada instituição financeira de investimento terá uma taxa de juros diferente em seus planos. Dessa forma, não há um valor fixo para cada centavo investido.

Quando devo começar a investir?

Esta pergunta é muito realizada, mas a questão é que quanto mais cedo começar a investir, maior será sua rentabilidade no futuro, independente de quando você investe.

Além disso, diferente da previdência social, não existe uma idade mínima para contratar estes planos, inclusive, os pais podem iniciar a previdência privada para seus filhos.

Por fim, não é preciso comprovar renda, o que te permite investir, mesmo que você seja autônomo ou que tenha uma renda menor.

Mas, antes de iniciar a sua aplicação, é importante pesquisar a instituição que mais lhe agrade e com as melhores condições para o seu investimento. Assim, você terá o retorno planejado e uma aposentadoria mais tranquila.

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