O hábito é muito conveniente, agradável, e mudar significa quebrar a rotina. Isso é difícil porque, quando se quer mudar uma prática usual, vem o autoengano, e você, em vez de mudar, procrastina.
Essas promessas de futuro nos impedem de mudar agora, trazendo consequências seríssimas para a gestão de pessoas nas empresas, já que todo mundo tem seus próprios hábitos. Elas estão há muito tempo fazendo a mesma coisa porque é confortável, automático e poupa energia.
Mudar acaba sendo complexo, demanda energia e gera desconforto levando à enorme tendência que temos de nos enganar. Quanto mais desafiadora for a mudança, mais poderoso será o autoengano. mas o ser humano adora apontar o dedo para fora. A culpa então é do chefe, do governo, a culpa é sempre dos outros. “Quando você aponta um culpado, você se livra da culpa”, esclarece ele.
Como mudar o hábito, então? Todo hábito tem três grandes dimensões. A mais óbvia é a do comportamento automático que se repete sem gasto de energia. Isso sempre gera uma recompensa, mas antes sempre há um gatilho, algo que detona o comportamento. “Se você quiser mudar um hábito, preste atenção naquilo que leva ao hábito”.
A segunda dica é mudar uma coisa de cada vez. Antes de concluir, ele lembra que o mundo está sempre mudando. “Então, em vez de ficar apontando o dedo para o mundo, pare de se preocupar tanto com o que está fora do seu controle e comece a mudar aquilo que você pode: o seu comportamento de fato. O mundo não muda com crenças, o mundo muda com ações”.
Nosso cérebro é social, ele está o tempo todo integrado com outros indivíduos. Ele não está diretamente conectado com outros, o que gera certo egocentrismo agravado pelo individualismo que temos hoje.
Segundo Calabrez, vivemos em uma sociedade, especialmente a ocidental, em que as pessoas agem cada vez mais como indivíduos, e menos em grupos. Esse processo histórico, e até econômico, faz com que as pessoas percam o respaldo do outro, e essa perda é perigosa, pois o suporte é uma das principais garantias de conforto e alegria.
Como romper hábitos acima dos 50?
Tem gente que acha que a partir de uma determinada idade não precisa mais mudar. “A mudança é benéfica em qualquer idade. O tempero da vida é a mudança, é o desenvolvimento, é a aprendizagem. Quanto mais você mantiver seu cérebro ativo mais isso vai te fazer viver melhor”!
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