Sempre que
a execução de um trabalho exige que um profissional se posicione a uma
distância superior a 2 metros do chão, havendo risco de queda, é caracterizado
o “trabalho em altura”. Para acidentes relacionados a este tipo de atividade
laboral, bem como minimizar suas consequências caso eles ocorram, os
Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva são fundamentais.
O uso
desses dispositivos de proteção, assim como os demais requisitos mínimos de
proteção para trabalho em altura, é definido pela Norma Regulamentadora de
Número 35 (NR 35), que visa promover a saúde e segurança do trabalhador que
atua em altura. A adoção de medidas preventivas e uso adequado de dispositivos
de segurança para minimizar o risco de queda e, por consequência, reduzir o
número de acidentes envolvendo trabalho em altura.
EPI e EPC para trabalho em altura:
qual a diferença?
Identificados
pela sigla EPC, os Equipamentos de Proteção Coletiva são dispositivos que cumprem
a função de minimizar ou anular os riscos existentes em determinado ambiente de
trabalho. Como o nome indica, esses aparatos fazem parte das medidas de
proteção coletiva, e destacam-se por também resguardar a integridade física de
terceiros, além dos próprios funcionários que atuam no local.
Os
Equipamentos de Proteção Individual, por sua vez, são representados pela sigla
EPI. Esses dispositivos são de uso individual, e devem ser usados em todas as
situações em que os EPCs não fornecem proteção completa ao trabalhador. A
principal função de um EPI é evitar acidentes de trabalho e minimizar danos à
saúde e integridade física de um profissional, protegendo o usuário de maneira
direta e ajudando na prevenção dos riscos ambientais.
O uso dos
EPIs está previsto pela Norma Regulamentadora de número 6 (NR 6), que determina
a obrigatoriedade de as empresas oferecerem esses dispositivos gratuitamente e
de acordo com as necessidades de sua atividade profissional. Esses equipamentos
devem estar em perfeito estado de funcionamento e conservação, devendo ser
substituídos sempre que apresentarem alguma avaria.
Também é
papel da empresa empregadora oferecer treinamento a respeito do uso adequado
dos EPIs e da importância das medidas de segurança impostas, exigindo o respeito
à Segurança do Trabalho. O trabalhador, por sua vez, tem o dever de zelar pela
higiene e conservação de seus equipamentos, sempre comunicando seu empregador
quando o EPI não estiver em condições de uso e utilizando o dispositivo de
maneira responsável.
Quando usar EPIs e EPCs para trabalho
em altura?
Tanto os
EPIs quanto os EPCs são essenciais para garantir a saúde e a integridade dos
trabalhadores ao longo de sua jornada de trabalho. Para que eles cumpram sua
função de maneira adequada e eficiente, porém, é necessário que sejam
utilizados corretamente e estejam de acordo com os riscos existentes no
ambiente de trabalho em questão.
Por isso,
cabe ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT) fazer análises e inspeções que visam identificar os riscos que
determinada atividade pode oferecer ao colaborador. O passo seguinte consiste
na elaboração de medidas preventivas para cada um dos riscos detectados, com o
intuito de proteger todos os envolvidos na atividade — seja de maneira direta
ou indireta.
Em geral,
as primeiras medidas apontadas dizem respeito ao uso dos EPCs para trabalho em
altura, que visam proteger o máximo possível de pessoas. Um exemplo de medida
de proteção coletiva neste caso é a instalação de guarda corpo nas beiradas do
prédio, escadas e sacadas, visando evitar a queda de colaboradores que atuam
nesses locais.
Conforme
foi explicado, a NR 6 determina que os EPIs para trabalho em altura — assim
como para qualquer outra atividade que ofereça risco ao profissional — sejam
utilizados sempre que os EPCs não forem capazes de oferecer proteção completa
para todos os riscos existentes. Na maioria das situações, os dois tipos de
equipamento são adotados em conjunto, de modo a oferecer a maior proteção possível
para trabalhadores.
Quais são os EPIs e EPCs para
trabalho em altura?
Uma vez
que o trabalho em altura oferece diversos riscos à segurança e saúde do
profissional, é preciso de atenção e medidas de segurança específicas para quem
atua a mais de 2 metros de distância do solo. É justamente para garantir o
cuidado e respeito à Segurança do Trabalho nesses casos que existe a NR 35 —
que determina, entre outras coisas, quais são os EPIs e EPCs
considerados obrigatórios para trabalho em altura.
No que diz
respeito aos Equipamentos de Proteção Coletiva, quem trabalha em altura elevada
conta com os seguintes dispositivos:
- Corrimão;
- Guarda-corpo;
- Redes de
proteção;
- Kit de primeiros
socorros;
- Sinalização
de segurança adequada, que inclui alerta para risco de queda em
determinadas áreas e lembrete para uso obrigatório de EPIs específicos.
Levando em
consideração o elevado risco associado ao trabalho em altura, a NR 35 considera
que uso de alguns EPIs é indispensável para este tipo de atividade. Entre os
principais dispositivos de segurança individuais que devem ser usados estão:
Cinto de segurança tipo paraquedista
Sistema de
proteção que fica preso ao corpo do trabalhador, evitando sua queda livre em
caso de desequilíbrio.
Talabarte
Atua como
uma extensão do cinto de segurança, sendo constituído por uma fita e um ponto
de ancoragem para que o trabalhador se prenda a um ponto fixo e seguro.
Trava-quedas
Este EPI trabalha
em conjunto com o cinto de segurança e o talabarte, e é composto por uma
presilha que trava e segura o cinto, caso o usuário caia.
Capacete com jugular
Protege a
cabeça do trabalhador contra impactos de objetos que podem cair de uma altura
ainda maior e outros acidentes que podem resultar em pancada. No trabalho em
altura, é essencial que o capacete tenha uma fita que passa embaixo do queixo,
evitando que o EPI caia.
Botinas de segurança
Devem ser
compostas por material que proporciona maior aderência, de modo a evitar
escorregões e consequentes quedas do usuário que atua em altura.
Luvas de proteção
Promovem
segurança durante o manuseio de equipamentos e ferramentas em altura, evitando
lesões na mão do usuário.
Sempre procure um fornecedor de confiança para adquirir os EPIs e EPCs adequados para trabalho em altura.
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