Calcinhas absorventes: entenda como funciona e quais as vantagens de ter uma

Ecologicamente sustentável, a lingerie é confortável e discreta.   

Já houve um tempo em que a menstruação era cercada de tabus. Além disso, a falta de produtos de higiene adequados tornava este momento do mês bastante incômodo para as mulheres.

Se antes elas contavam apenas com toalhinhas para conter o sangue menstrual, hoje há absorventes interno e externo, copinho coletor e até calcinha reutilizável que combina conforto, segurança e tecnologia ecologicamente sustentável.

O que você conhece sobre calcinhas absorventes?

Um pouco de história

Os absorventes higiênicos foram uma verdadeira revolução no universo feminino e trouxeram muito conforto para as mulheres. Antes da sua criação, por volta de 1840 na Alemanha, era preciso recorrer às toalhas higiênicas.

Dependendo da intensidade do fluxo menstrual, as toalhinhas deveriam ser trocadas várias vezes ao dia e davam bastante trabalho para higienizá-las e secá-las adequadamente. Além disso, a menstruação era um tabu na época.

Em 1930 as brasileiras puderam conhecer outra realidade. Foi neste ano que chegou ao mercado o Modess, primeiro absorvente descartável comercializado por aqui. Três anos depois, nos Estados Unidos, foi criado o primeiro absorvente interno.

Apesar da praticidade do uso e descarte, os absorventes higiênicos são pouco amigos do meio ambiente. Por serem feitos de materiais sintéticos, cada um leva, em média, de 100 a 500 anos para se decompor.

Copinho coletor

Em um momento mais recente, se tornou popular no mercado o copinho coletor. Ele consiste em um recipiente de silicone que é inserido na vagina. Ao longo do dia o fluxo menstrual cai nele e basta a mulher retirá-lo e jogar o seu conteúdo no vaso.

Algumas mulheres demoram a se sentirem adaptadas a essa opção, tendo dificuldades para colocar e retirar o recipiente. Outras se sentem incomodadas de terem contato direto com o sangue menstrual.

O produto, que foi patenteado também na década de 1930, pode ser usado por até 12 horas seguidas e tem duração média de 10 anos. Ele precisa ser lavado sempre que for esvaziado. Dessa forma, é preciso sempre fazer isso em um local que tenha privacidade e estrutura para a higienização necessária.

E a calcinha absorvente?

Segura e confortável, a calcinha reutilizável chega ao mercado como uma alternativa ecológica e moderna, sendo capaz de absorver do fluxo menstrual, até escapes leves de bexiga e outros fluidos.

Para garantir o conforto da usuária, os fabricantes desenvolveram tecidos de fibras naturais que são respiráveis, anti-bacterianos e impermeáveis. Dessa forma, não existe risco de o fluxo vazar.

A peça deve ser substituída sempre que a mulher começar a se sentir úmida — o que pode variar de pessoa para pessoa, de acordo com o tipo de ciclo e até momento vivido.

Há modelos de todas as cores e para todos os fluxos. Em comum: conforto, discrição e livre de odores. A peça tem 1/3 da espessura de um absorvente comum e seu forro é feito de tecido antimicrobiano e hipoalergênico.

A lingerie pode ser lavada à mão ou na máquina, em saquinhos protetores, e é indicado secar ao sol — praticamente os mesmos cuidados que teria com uma calcinha comum.

Esqueça o formato “tenda de circo” ou calcinha de avó. As calcinhas absorventes são bonitas também, podendo ser até decoradas com renda e garantindo a feminilidade e o bem-estar da usuária.

De acordo com o fabricante, cada calcinha dura, em média, 50 lavagens. Isso não significa que a lingerie precise ser descartada. Ela perde a sua capacidade absorvente, mas pode continuar sendo usada como uma calcinha comum.

Para quem tem dúvida se vale a pena, basta fazer a conta: um ano de uso de calcinha absorvente gera a economia de 500 absorventes higiênicos, uma média de R$ 400 e de 4 kg de lixo. O seu bolso e o meio ambiente agradecem, não acha?