Considerada o fenômeno de saúde pública mais importante do último século, a COVID-19 popularizou termos técnicos, até então, restritos aos profissionais e aos pesquisadores da área.
Embora ainda não tenha uma cura, a COVID-19 já é considerada por autoridades médicas de todo o mundo a doença mais marcante do último século. Isso se deve, principalmente, por suas elevadas taxas de transmissão em escala global, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificá-la como uma pandemia.
Provocada pelo novo coronavírus, primeiro, esta doença atinge o aparelho respiratório humano, provocando, principalmente, pneumonia, a partir da inflamação dos pulmões e do enchimento de água nos sacos microscópicos, nos quais o oxigênio passa do ar para o sangue. Outros possíveis danos são algumas disfunções nos aparelhos neurológicos, cardíacos e motores.
Nos últimos dez meses, o mundo viu a multiplicação exponencial de materiais e notícias, ensinando táticas de proteção contra o vírus, como a lavagem mais frequente de mãos, com água e sabão, o uso de máscaras de proteção facial e o distanciamento social.
Neste contexto, uma série de termos, antes restritos aos
epidemiologistas, tornaram-se parte da linguagem falada diariamente por
diferentes populações leigas em temas da saúde. Veja alguns deles a seguir.
Período de incubação
Bem recorrente em hospitais, postos de saúde e pesquisas científicas da área da saúde, o período de incubação refere-se ao intervalo de tempo entre o contato de um indivíduo a um organismo considerado patogênico e o surgimento dos sintomas iniciais da enfermidade em questão.
Enquanto a dengue possui um período de incubação entre 2 e 7 dias, para a COVID-19, este tempo é de 5 dias, em média, com intervalos que podem chegar a 12 dias, desde o momento em que ocorreu a infecção.
Assintomático
Este termo refere-se aos pacientes portadores da doença, mas que não apresentam sintomas ou sinais de adoecimento. Esta foi uma das palavras que mais provocaram preocupações em autoridades médicas em todo o mundo, durante a atual pandemia, já que pacientes assintomáticos são mais difíceis de serem diagnosticados.
No dia 8 de junho, a OMS divulgou em nota oficial dizendo que
os riscos de contaminação a partir de pacientes assintomáticos são baixos, mas
essa possibilidade existe, o que exige precaução de todas as pessoas — estando
com sintomas ou não.
Quarentena
Este foi o termo que mais se popularizou no planeta desde que o novo coronavírus se disseminou, sendo usado para definir períodos que chegam a meses de isolamento.
Podendo ser imposta por governos ou indivíduos, a quarentena refere-se à prática de isolar pessoas que podem ter sido expostas à doença, mesmo parecendo saudáveis. Este termo foi usado em diferentes momentos da história, a fim de impedir a disseminação de enfermidades com grande transmissibilidade.
Diferentemente do que o senso-comum costuma apontar, as quarentenas não se referem a um período de 40 dias, mas são definidas a partir do período de incubação da doença em questão.
Também é importante lembrar que quarentena não é sinônimo de
isolamento, embora o objetivo das duas medidas seja o mesmo: evitar a
propagação de uma doença. Enquanto a primeira restringe o livre trânsito de
pessoas sadias ou adoecidas, a última separa apenas indivíduos doentes,
diagnosticados com enfermidades contagiosas.
Transmissão
sustentada
Também denominado transmissão comunitária, este conceito refere-se aos casos de infecção de um agente patógeno em uma população local, sendo que os pacientes infectados não estiveram em outros países onde a doença surgiu nem em localidades onde ela foi registrada.
Ele difere da transmissão local, que concerne às infecções transmitidas por pessoas que trouxeram o agente patogênico de fora do país e o transmitiram para indivíduos que não viajaram para tais lugares.
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