Funções do cérebro e do intestino são interconectadas mesmo independentes: entenda como.
Você é o que você come. Todos nós já ouvimos, diversas vezes, essa máxima que faz referência à ingestão dos nutrientes necessários para a manutenção de nossa saúde. Isso porque uma alimentação balanceada inclui tanto micronutrientes, quanto macronutrientes, o que contribui para a formação de nosso corpo.
O que pouca gente sabe, porém, é que a alimentação também afeta o nosso humor e o nosso bem-estar. Para se ter uma ideia, estresse, ansiedade, irritabilidade e até depressão podem ser sinais de má alimentação.
Na verdade, esse processo se retroalimenta. Isso porque o mau humor e a ansiedade, por exemplo, também podem favorecer a preferência por alimentos menos saudáveis. Isso acontece porque, nessas situações, nosso corpo pede por serotonina, o neurotransmissor do bem-estar.
A ingestão de alimentos ricos em gorduras e açúcares, por sua vez, provoca a liberação dessa molécula, o que também pode tornar esse ciclo vicioso. A própria formação do cérebro é composta por nutrientes que precisam ser absorvidos. Entre eles, proteínas, fibras, açúcar e água. Ou seja, a manutenção da massa encefálica por si só depende da ingestão dessas substâncias.
Dessa
maneira, em um primeiro momento, já é possível observar porque a dieta
inadequada pode afetar o seu humor, uma vez que o cérebro é o órgão que comanda
nosso bem-estar, de maneira geral. No entanto, a maneira que nossa alimentação
afeta a forma como nos sentimos é um pouco mais complexa e vai além do cérebro.
Intestino e cérebro
Pouca gente sabe, mas é no intestino que fica a maior concentração de neurônios fora do sistema nervoso central. Por isso, ele comanda algumas funções autônomas, como própria digestão, que acontece sem a necessidade do cérebro. Trata-se de um processo automático do sistema digestivo, comandado pelos neurônios do intestino.
Os neurônios presentes no sistema digestivo, por exemplo, respondem à presença do alimento sem que o cérebro precise desencadear nenhuma função específica para que a digestão aconteça.
Apesar
de sua independência do sistema digestivo, o cérebro e o intestino estão
intimamente ligados. Se, por um lado, a alimentação influencia nosso humor, por
outro, ele também influencia o funcionamento intestinal. Isso porque os
neurotransmissores liberados pelo cérebro afetam a função de nosso sistema
digestivo.
Alimentos aliados
Ao sabermos que os alimentos têm efeito direto em como nos sentimos, podemos aplicá-los em nossa rotina como verdadeiros aliados. A nutricionista Letícia Manduca afirma que é essencial priorizar os alimentos que contenham ferro, ácido fólico e aminoácidos essenciais.
De acordo com a profissional, eles serão indispensáveis para a produção de serotonina. Ela também afirma que devemos estar atentos às vitaminas do complexo B, uma vez que elas têm papel importante nas funções do sistema nervoso, pois nos ajudam a ter mais energia.
Alimentos que devem ser evitados são aqueles que proporcionarão uma digestão negativa. Ou seja, que são pobres em nutrientes, mas exigem muito do corpo para serem digeridos, o que faz com o que o processo enérgico não compense para o nosso organismo. Entre eles, destacam-se os processados e os ultraprocessados, além das frituras e das carnes gordas.
Também vale ressaltar que alimentos que ficam mais tempo em nosso corpo tendem a atrapalhar a absorção de nutrientes provenientes de outras comidas. Isso porque eles diminuem a superfície de contato do órgão.
Dessa maneira, refeições que combinam elementos saudáveis com aqueles de digestão mais difícil podem acabar sendo pouco benéficas, mesmo com a presença de substâncias importantes. O ideal é que a alimentação receba cuidados diários. Somente assim, ela terá efeitos positivos e duradouros sobre o nosso humor e o bem-estar.
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