Além de fonte de renda, turismo se tornou foco de contaminação por isso, exige medidas para reduzir a transmissão da COVID-19

Lavar as mãos constantemente, nunca tocar o rosto com os dedos sujos e evitar grandes multidões — essas medidas, recomendadas por órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS), são cuidados necessários para reduzir a disseminação do coronavírus, que já se encontra em 186 países ou territórios no mundo.

A constante higienização é uma dos ritos essenciais recomendados não somente para mãos e ambientes domésticos, mas também para complexos turísticos, como as Pirâmides de Gizé, no Egito.

Consideradas uma das maravilhas da humanidade, as pirâmides são estruturas feitas em alvenaria para abrigar os corpos dos faraós, reis no Antigo Egito. Até o fim de 2008, existiam entre 118 e 138 pirâmides egípcias identificadas e catalogadas.

No Brasil, complexos turísticos, como o do Pão de Açúcar, na capital carioca, também estão sendo submetidos à higienização. Além dos bondes, as estações, com seus corrimãos e janelas, as bilheterias, banheiros e totens de autoatendimento também vêm sendo asseados constantemente.

Como a higienização foi feita

A pulverização das pirâmides do Egito foi feita a partir de uma mistura de diferentes produtos de limpeza, a fim de evitar a disseminação do coronavírus. No dia 25 de março, equipes munidas de máscaras e equipamentos de proteção realizaram a higienização dos arredores das pirâmides de Kefren, Quéops e Miquerinos.

Primeiro, a limpeza será feita nas partes exteriores das pirâmides, além das estradas e os prédios administrativos. No interior desses monumentos, a higienização será realizada por uma equipe de restauradores especializados, usando material específico que respeite a integridade dessas construções.

Desde meados de março, os funcionários do setor turístico que trabalham em Luxor e no Templo de Karnak, pirâmides mundialmente famosas, foram submetidos à quarentena e assim devem permanecer até o fim do mês. A medida é recomendada pela OMS a fim de reduzir a exposição ao coronavírus, bem como as chances de transmiti-lo.

Ações contra a COVID-19

Iniciada na China, hoje, a epidemia paralisa um terço da população mundial e, até o fim de março, já tinha causado mais de 41 mil mortes. Contudo, o registro da primeira manifestação da família de coronavírus no mundo data de 1937. 

Em dezembro de 2019, reconheceu-se um novo tipo de coronavírus, originário do comércio de frutos do mar e de animais vivos na cidade de Wuhan, situada a 840 km da província de Xangai. O vírus ficou conhecido pela sigla inglesa SARS — ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, traduzida para o português.

Os sintomas da COVID-19 são os clássicos de qualquer gripe: coriza, febre, espirros, tosse e falta de ar. Contudo, o impacto do coronavírus não se limita a um simples resfriado e pode chegar a infecções respiratórias e pneumonias severas.  Fatores como a idade, taxa de imunidade, condições de moradia e higiene impactam sobre a resposta de cada organismo ao vírus.

Além dos cuidados permanentes com a higiene pessoal, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda medidas como o uso de lenços de papel ao tossir e espirrar, ou o cobrimento da boca e do nariz com o braço. Evitar abraços, apertos de mãos e beijos também é outra sugestão do órgão internacional.

Mitos sobre a pandemia

A COVID-19 não pode ser transmitida entre humanos e animais domésticos, já que os tipos de coronavírus que atacam cada um desses grupos são distintos. Os meios de transmissão entre humanos ocorrem por meio do contato de mãos contaminadas e partes do corpo, como olhos, boca e nariz, além de espirro, tosse e o contato com secreções respiratórias.

Ainda não existem vacinas nem remédios cientificamente comprovados e testados para combater os efeitos do coronavírus entre humanos. Por enquanto, os cuidados destinados aos infectados é o tratamento dos sintomas de infecção, como tosse, febre e, principalmente, a falta de ar.

Cientistas de todo o mundo estudam a eficácia de alguns medicamentos no combate à COVID-19. A hidroxicloroquina vem sendo um dos mais estudados pela comunidade científica até agora. Contudo, ainda não foram confirmados os efeitos de cura, ou uma evidente redução de sintomas, deste medicamento sobre a doença.
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