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A série tem fama de ser complexa, mas saber alguns conceitos de antemão pode tornar a produção da Netflix bem mais simples do que parece.Talvez você já tenha ouvido isso de um amigo que assistiu a Dark: “Eu só consegui entender o que estava acontecendo depois de vários episódios”. Parece pouco convidativo acompanhar 40 minutos e simplesmente não entender o que está se passando na tela. Não à toa, esse é justamente um dos principais motivos para muita gente ter desistido da série.
Apesar disso, a primeira temporada da produção alemã, lançada em 2017, foi um sucesso. Ela se tornou uma das produções não faladas em inglês mais vistas do serviço de streaming. Com uma trama envolvendo desaparecimentos de crianças, relações familiares misteriosas, um acidente nuclear, um buraco de minhoca e várias linhas do tempo, a série conquistou o público que gosta de suspense, mistério e conspiração.
Dark é essencialmente uma série sobre viagem no tempo. A trama se passa na cidade fictícia de Winden, na Alemanha, e acontece de forma não linear, alternando um vai e volta entre 1953, 1986 e 2019. Esse três anos específicos representam dois ciclos de 33 anos. Segundo o personagem Dr. H.G. Tannhaus – que, na série, é autor do livro Viagem Através do Tempo –, esse número se repete de diversas formas na natureza. Por exemplo: o ciclo lunar e o ciclo solar se sincronizam a cada 33 anos.
Como a primeira temporada de Dark é de 2017, no início da série parecia que 2019 era o futuro mais distante dentro daquele universo. O responsável por esses saltos no tempo (e, consequentemente, por todos os desaparecimentos) é nada menos que um buraco de minhoca, teoria que os físicos Albert Einstein e Nathan Rosen criaram em 1935, sobre uma hipotética forma de se viajar pelo espaço-tempo. De forma absurdamente resumida, o buraco de minhocas é um “túnel” que serve de atalho entre dois lugares e tempos distantes.
Na 2019 de Dark, existe um buraco de minhocas em uma caverna, na pacata cidade de Winden. É ele o responsável pelo sumiço de diversas crianças – entre elas, Erik Obendorf, visto pela última vez no dia 22 de outubro, e Mikkel Nielsen, desaparecido em 4 de novembro.
O fato de essa fenda temporal estar exatamente ali não é por acaso: sua existência está vinculada a uma usina nuclear que acabou gerando uma explosão de graves proporções – o acidente de Chernobyl aconteceu justamente em 1986, então acredita-se que a escolha do ano não foi uma mera coincidência. Com isso, de alguma forma que a série ainda não esclareceu, o buraco de minhoca na caverna foi aberto, possibilitando a volta ou a ida no tempo.
Se você esta começando ver Dark agora no Netflix, sugerimos parar a leitura por aqui e não desistir desta série que é muito boa!
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Um forte abraço!