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Reprodução Divulgação

Além dos efeitos na saúde física e emocional do pet, medida pode ser prejudicial para a sociedade

O Brasil é um país que conta com uma grande população canina. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 44,3% das casas brasileiras têm pelo menos um cachorro. Além disso, a população de cães foi estimada em 52,2 milhões.

O faturamento do segmento pet também é massivo, de acordo com o que foi divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Em 2017, foram gastos R$ 20,3 bilhões, ou seja, mais de R$ 55,6 milhões por dia, R$ 2,31 milhões por hora e R$ 38,6 mil por minuto!

Isso, porém, não esconde a triste realidade do abandono dos cachorros, algo que é mais comum do que podemos imaginar, capaz de prejudicar gravemente a saúde física e emocional do cão, além de poder se transformar em uma verdadeira epidemia.

Vamos conhecer algumas estimativas sobre o assunto e entender o que pode ser feito para mudar essa situação e permitir que os cães tenham uma vida digna e saudável, bem como que sua proliferação não ocorra de maneira tão acelerada.

Quantos cães estão abandonados no Brasil?

Não há estimativas tão recentes e assertivas, mas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse número já foi de 20 milhões, além de mais 10 milhões de gatos, ou seja, a situação é alarmante.

Esse, porém, não é um problema exclusivo do Brasil. De acordo com a Fundación Affinity, o número de animais resgatados no ano de 2017 foi de 138.307, dos quais 104.834 são cachorros. Na média, são mais de 287 cães por dia e quase 12 por hora.

A Fundación Affinity também divulgou os principais motivos que levaram ao abandono dos animais, que foram os seguintes, com a respectiva participação sobre o número final:

- Ninhadas indesejadas (15%);
- Fim de temporada de caça (12%);
- Fatores econômicos (12%);
- Problemas de comportamento (11%);
- Perda de interesse pelo animal (10%).

Ainda que sejam dados referentes à população espanhola, com exceção à temporada de caça, que não é algo forte por aqui, eles também ajudam a entender alguns dos principais motivos envolvidos com o abandono de cães no Brasil.

O que fazer para salvar a vida dos cães?

Algumas medidas que podem contribuir diretamente com a redução do número de cães abandonados são as seguintes:

Pense muito bem antes de integrar um cachorro à família

A expectativa de vida varia de acordo com uma série de fatores, da raça às condições de saúde do animal, mas ela costuma estar entre 10 e 13 anos, ou seja, o cão deve ficar pelo menos uma década com você se chegar quando ainda é um filhote.

Isso quer dizer que a decisão envolve planejamento, já que os cachorros são seres vivos que merecem amor, carinho e cuidados. Quem não tem certeza absoluta da decisão não deve tomar a iniciativa de pegar um cão.

Isso contribui diretamente para a diminuição do número de animais abandonados, já que quem os adota deve ter consciência de que sua estimativa de vida é longa.

Considere adotar ao invés de comprar

Existem várias entidades e empresas devidamente autorizadas a vender cachorros, que oferecem um tratamento adequado aos pais e mães destes animais. Porém, não deixe de pensar na possibilidade de adotar um cãozinho.

O número de animais abandonados nas ruas é bem grande, como vimos anteriormente, isso sem contar os que ficam nos centros de zoonoses, organizações não governamentais e até mesmo cuidadores independentes, que dedicam suas vidas aos cuidados de animais resgatados.

Assim, você ajuda a reduzir o número de animais abandonados, terá um parceiro para lhe acompanhar em seu dia a dia, com muito amor, carinho, companheirismo e uma amizade duradoura e, além disso, mudará a vida de um pet para sempre.

Sempre invista na castração

O número de cães nas ruas nem sempre é uma consequência direta do abandono de seus tutores, já que também pode ter sido causada pela falta de um dos principais cuidados com os animais: a castração.

O procedimento faz com que eles não procriem mais e, assim, deixem de gerar novos cãezinhos, muitos dos quais não são adotados e ficam nas ruas ou mesmo não conseguem sobreviver.

Um casal de cachorros não castrados, com duas crias anuais e gerando de 2 a 8 filhotes por cria, pode resultar em 12 novos animais dentro de um ano, número que sobe para 66 em 2 anos, 382 em 3 anos, 2.201 em 4 anos e superar os 12 mil depois de cinco anos!

Além da grande quantidade de cachorros que ficarão abandonados, essa é uma questão que também pode impactar na saúde pública, pois esses animais não passarão pelos cuidados adequados e podem contrair doenças contagiosas para os humanos.

Micose, doença de Lyme, raiva e leptospirose são algumas dessas doenças, que podem trazer sérios prejuízos à saúde humana a ponto de se transformarem em epidemias, o que é bastante perigoso.

Portanto, a castração é benéfica sob diversos aspectos e é recomendada para cães de 7 a 10 meses de idade, embora possa variar de acordo com seu porte e raça. Quando feita por profissionais especializados, ela é indolor para o animal, que deve estar totalmente recuperado dentro de uma semana.

Abandono de cães: um problema que deve ser combatido

São muitos os efeitos negativos causados pelo abandono de animais, tanto para eles quanto para os humanos, e o número infelizmente é bem grande, o que pode ser confirmado pela quantidade de cachorros que vemos pelas ruas.

Se cada pessoa fizer a sua parte, a tendência é de que a situação se inverta com o passar do tempo, tanto pela diminuição do número de animais que são abandonados quanto pelos cuidados com aqueles que já têm um tutor para chamar de seu.

Se você já tem um melhor amigo animal, saiba que da mesma forma que o antipulgas para cachorro, como o Simparic, é obrigatório, a castração também, cujos resultados são benéficos tanto para o seu animal quanto para os outros com os quais ele pode se deparar e, por consequência, para todos que estão ao seu redor.

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