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Nesta semana, polícia descobriu dois lugares que promoviam rinha de cães. Animais da raça pitbull eram forçados a brigarem entre si
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sancionou no último dia 10 uma lei que incentiva a adoção de animais. De autoria do deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos), o projeto envolve ações preventivas em sistema de parceria público-privada com foco em atividades educativas e de assistência aos bichos.
“A intenção da proposta é incentivar pessoas físicas e jurídicas a contribuírem para a melhoria da qualidade e quantidade de adoção de animais domésticos em situação de abandono ou abrigados em centros de controle de zoonoses no Estado de São Paulo”, argumenta o deputado.
De acordo com o projeto, “Adote um Animal” tem o objetivo de incentivar as pessoas a buscar melhoria de qualidade e quantidade dos animais oferecidos a adoção, além de oferecer atenção e responsabilidade aos centros de controle de zoonoses.
Composto por ações preventivas, educativas e de assistência aos animais, o programa prevê doação de serviços, doação de insumos e equipamentos necessários para funcionamento de espaços que abrigam animais e atendimento veterinário em tratamento clínico, cirúrgico, castração, medicação e consulta.
O contexto do projeto, explica Márcio da Farmácia, é de facilitação e valorização do trabalho que já existe e é exercido por ONGs espalhadas pelo Estado. Na visão do deputado, “elas são responsáveis pela maioria dos atendimentos para retirar animais abandonados das ruas, principalmente cães e gatos”.
Nesta semana, por exemplo, ONGs como Instituto Luisa Mell e Pits Ales receberam diversos animais que foram localizados pela polícia em situações de maus-tratos em chácara em Mairiporã, na Grande São Paulo. Os cães, da raça pitbull, eram forçados a brigarem entre si numa rinha, uma espécie de ringue.
As organizações que lutam na defesa dos animais receberam os cães e prestaram todo o serviço necessário. “Dos nossos resgatados, o que está pior é o Boston. Ele está com apenas 16 quilos e febre de 41º”, descreveu Ales em um post. Em outra postagem, Luisa conta que exames “comprovaram que eles (cães) eram drogados, davam anabolizantes para que ficassem mais fortes e testosterona para que aumentasse a agressividade”.
Após diligências, 41 homens foram presos pela polícia no último sábado (14). Dois dias depois, na segunda-feira (16), o juiz André Luiz da Silva da Cunha manteve apenas um preso e os outros 40 foram liberados mediante pagamento de fiança.
Nesta terça-feira (17), a polícia encontrou em outro sítio, desta vez em Itu, interior do Estado, 33 cachorros que também eram forçados a brigar. A fundadora da ONG Aspa, Patrícia Gollitsch Daunt afirmou que os cães estavam acorrentados e distantes uns dos outros. O local seria propriedade de um dos homens detidos no caso de Mairiporã.
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