Na época de festas o número de animais abandonados aumenta, pois os tutores deixam os pets em clínicas veterinárias ou hotéis e não voltam para buscá-los
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás (CRMV-GO) e outras instituições, vão promover a campanha Dezembro Verde, para alertar sobre a situação do abandono de animais. Médicos-veterinários explicam que o número de rejeição aumenta na época de festas, quando tutores deixam os pets em clínicas veterinárias e hotéis para cachorros e não voltam para buscá-los.
De acordo com a Lei 9.605/98, o abuso e maus-tratos de animais são crimes sujeitos à penalidades de acordo com a gravidade. A Médica -Veterinária Ingrid Bueno Atayde Machado, explicou que existe um conjunto de responsabilidades e atitudes que o tutor deve tomar nos cuidados com os pets. Confira
1 – Ele é um membro da família – É fundamental ter consciência de que o animal vai gerar custos com alimentação, serviços veterinários e que vai viver por volta de 12 anos. Para isso, a família precisa de espaço e tempo para cuidar do novo morador.
2 – Adote – Para ajudar os bichinhos que foram abandonados, as pessoas podem adotar animais procurando-os em abrigos públicos ou privados.
3 – Conheça seu pet– É imprescindível que o tutor conheça as características do animal que pretende criar, de acordo com o seu porte e temperamento. É necessário respeitar as diferenças e oferecer os cuidados necessários para que ele possa se desenvolver bem, fisicamente e mentalmente.
3 – Passeios – Sempre que for passear com o seu animal, leve um saquinho para recolher suas fezes. Além de ser um exercício de cidadania e preservação do meio ambiente, é obrigatório por lei. Para segurança de todos e do seu animal, não se esqueça de colocar coleira e guia.
4 – Identifique o seu animal – Existem várias formas de identificar o animal e facilitar sua localização quando perdido. Por exemplo, você pode colocar os dados básicos como nome e telefone na coleira. Além sisso, o seu bichinho pode ter um RGA – Registro Geral do Animal, que possui um número de identificação, informações sobre o animal e o seu dono.
5 – Esterilização – A esterilização ou castração é uma das formas para se evitar as crias indesejáveis e animais soltos pelas ruas. Além de não prejudicar o animal, ela evita maus tratos e o abandono. Machos castrados evitam brigas por disputa territorial, demarcação com urina em todos os lugares da casa, previve tumores de próstata e evita que fujam de casa atrás de fêmeas no cio. Já a castração nas fêmeas evita infecção uterina, diminui as chances de desenvolver tumores, evita a gravidez indesejada, o abandono de crias e os incômodos do cio.
6 – Cuidados básicos – A alimentação adequada e higienização do animal são de responsabilidade do próprio tutor, assim como o ambiente em que ele vive. É importante também que ele tenha um espaço físico adequado à sua raça e tamanho.
7 – Proteja seu bichinho – As vacinações e o controle de ecto e endoparasitas (carrapatos, pulgas, vermes etc) são fundamentais para deixarem os animais prevenidos contra diversas doenças. Problemas graves de saúde pública no Brasil como a Leishmaniose, zoonose endêmica no território goiano, que afeta especialmente os cães. As zoonoses são doenças transmitidas dos animais ao homem, portanto, semestralmente, procure um médico-veterinário para avaliar a saúde do seu animal e lhe orientar sobre os procedimentos e a melhor forma de prevenir ou tratar as doenças.
8 – Cuide dele com carinho – O comportamento dos animais reflete a forma como são cuidados. Se for criado num ambiente com amor, carinho e responsabilidade, ele vai corresponder da mesma forma. Além disso, o dono precisa ter consciência de que o seu animal não vive isolado e que passeios e contatos com outros animais farão muito bem a ele. Observe sempre o comportamento do seu animal e quando notar algo diferente, procure um médico-veterinário imediatamente.
8 – Educação e adestramento – Além de fofos e saudáveis, todo dono sonha em ter um animal de estimação bem educado em casa. O adestramento profissional pode ser uma alternativa, mas com paciência você também pode treiná-lo em casa. Uma das técnicas recomendadas é a do reforço positivo, onde os animais aprendem por repetição, estímulos positivos e recompensa, valorizando as atitudes corretas e evitando maus tratos. Informe-se também com seu médico-veterinário sobre o assunto.
As informações são do Jornal Opção
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