De acordo com dados do SisEmbrio (Sistema Nacional de Produção de Embriões) sobre o congelamento de óvulos, em 2017 foram congelados 78,2 mil embriões no país, o que significa um crescimento de 15% em relação a 2016, ano em que foram congelados 66,6 mil embriões.
Esse crescimento se deve também ao maior sucesso da técnica que atualmente alcança resultados satisfatórios entre 30% e 40% dos casos, enquanto nos anos de 1980 a taxa de sucesso do congelamento de óvulos era de aproximadamente 10%.
Reprodução Divulgação
Como funciona o congelamento de óvulos?
O congelamento de óvulos consiste no procedimento pelo qual os óvulos coletados da paciente são submetidos ao processo de vitrificação, que consiste no uso de nitrogênio líquido para reduzir a temperatura até 196 graus negativos em minutos. Posteriormente, esses óvulos podem ser descongelados e usados em tratamentos de reprodução.
No entanto, essa é a etapa final do congelamento de óvulos. O início do tratamento corresponde à indução ovariana por meio de medicação.
Essa fase tem duração entre 9 e 11 dias para que a mulher concentre a produção de óvulos nesse período, podendo ser produzidos até 20 folículos.
O especialista faz o acompanhamento dos folículos por meio de ultrassom e quando eles são considerados maduros é realizada a coleta por um procedimento rápido, de cerca de 15 minutos, utilizando sedação venosa.
Posteriormente, os óvulos são separados em laboratório e encaminhados para o processo de vitrificação que garantirá a preservação dos gametas femininos até que a mulher decida utilizá-los em um tratamento de reprodução.
Não há um limite de idade para realização do tratamento, mas os médicos afirmam que o congelamento de óvulos tem mais chances de ser bem-sucedido quando realizado até 35 anos.
Quando o congelamento de óvulos é indicado?
O congelamento de óvulos é uma técnica recomendada para diferentes situações, incluindo:
• Quando a mulher deseja postergar a maternidade;
• Quando a paciente será submetida a tratamentos oncológicos, como quimioterapia e radioterapia;
• Para participação em programas de doação compartilhada de óvulos;
• Para aumentar a eficácia de tratamentos de fertilização in vitro, principalmente quando o casal não deseja realizar o congelamento de embriões por questões pessoais;
• Para preservar a fertilidade caso seja necessária a retirada dos ovários;
• Quando o casal tem excesso de óvulos coletados durante o tratamento de fertilização in vitro;
• Quando a paciente tem histórico de menopausa precoce na família e deseja preservar a fertilidade.
Portanto, o congelamento de óvulos é indicado para diferentes casos relacionados à preservação da fertilidade feminina, seja por questões de saúde como também por aspectos sociais e econômicos.
O congelamento de óvulos pode ser revertido com o descongelamento e uso dos gametas em um tratamento de fertilização in vitro com o qual a mulher pode tentar uma gestação e realizar o sonho de ser mãe no momento mais cômodo ao seu planejamento pessoal.
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