As luzes acenderam-se mais uma vez. O espectáculo ia começar. Nas bancadas, as crianças estavam impacientes, não conseguindo ficar quietas. Um senhor de cabelo grisalho andava pelos corredores e gritava.
- Pipocas, pipocas quentinhas! Quem quer pipocas!
Alguns pais compravam as pipocas, outros, para desespero dos filhos, não queriam. Era irresistível aquele cheiro a pipocas doces, sempre que o vendedor passava.
Assim era o circo, pelo menos aquele circo. Viajava de cidade em cidade, montando a sua enorme tenda, suportada por dois pilares e de pano às cores. Os animais atraíam sempre as atenções para os carros-jaula que estavam virados para quem passava. Podiam-se ver os leões, os tigres, o urso cinzento, os camelos e os pequenos e engraçados póneis. O espectáculo começava sempre com a entrada do senhor Ambrósio, o dono do circo. Era dele o trabalho de apresentar os artistas. Facilmente se via, pela sua barriga grande, que ele não era nenhum deles. O que poucos sabiam era que o senhor Ambrósio, nos seus tempos de juventude, fora um famoso trapezista. Vestido com o seu casaco vermelho bordado a ouro, entrava na arena de microfone na mão. As luzes apagavam-se todas, ficando apenas um foco que o iluminava desde o tecto da tenda.
- Senhoras e senhores. - Começou ele. - Meninas e meninos, bem vindos ao Circo Internacional! - Aqui fazia sempre uma pausa e esperava pelo aplauso do público. Nunca falhava.
- Hoje temos para vocês leões amestrados, cães que jogam futebol, trapezistas, magia, habilidade e um sem número de coisas fantásticas... - Fez nova pausa, para dar mais força ao que ia dizer de seguida. - E o nosso querido palhaço Barbalhotas! - Dizia sempre o nome “Barbalhotas” com toda a força que os seus pulmões lhe permitiam. A plateia explodiu em aplausos, pois este palhaço era muito querido de todos, miúdos e graúdos
- E agora. - Continuou o senhor Ambrósio. - Que o espectáculo comece! - Dizendo isto, afastou-se, desaparecendo no escuro, e sendo substituído na atenção da luz pelos irmãos Zeffireli, os dois equilibristas, que entravam sempre na arena a dar cambalhotas.
Nos camarins, onde os artistas se preparavam para os seus números, o palhaço Barbalhotas pintava lentamente o rosto. Primeiro colocava uma base de tinta branca, depois vermelha nas bochechas, o que lhe dava um ar bem cómico, um pouco de preto fazia realçar os seus olhos azuis como lagoas sob o sol num dia de Verão, e à volta dos lábios, dois grossos traços carmim. Além destes traços, improvisava sempre novas combinações de cores. Podia ver reflectido no seu espelho, rodeado de lâmpadas, todos os seus colegas artistas a correrem de um lado para o outro. O circo que, para quem o vê sentado na bancada, é um continuar de números fantásticos, realizados por pessoas felizes e extraordinárias, é, para quem está atrás do pano, uma corrida para que tudo funcione direito e sem falhas. Artistas entravam, suados e de respiração ofegante, após terminarem a sua parte, cruzando-se com artistas que saíam para, por sua vez, darem ao público aquilo que tinha vindo ver.
O Barbalhotas ficava sempre sentado na sua cadeira até ouvir chamar o seu nome. Ainda era novo, um jovem rapaz, um pouco magro, o que o ajudava a ter mais piada, mas com muita genica. Apesar disso, já era palhaço há muitos anos, pois já viva no circo desde muito pequeno. Desde os tempos do palhaço Bonifácio, que tinha sido mais do que um pai para ele, que tinha mostrado ser um palhaço com muito talento. O Bonifácio tinha cuidado dele desde pequeno, desde o primeiro dia em que ele tinha chegado ao circo. Fora ele que o criara e lhe ensinara tudo o que ele sabia. Já na altura o Bonifácio tinha uma idade avançada e poucas forças para continuar a fazer “palhaçadas”, como costumava dizer. Por isso, ele tinha começado cedo a ser o palhaço do circo, dando um descanso ao velhote, que agora se dedicava a vender pipocas.
- E agora. - Ouviu o senhor Ambrósio a dizer. - Senhores e senhoras, meninos e meninas, chegou o momento que tanto esperavam! - Levantou-se e dirigiu-se para a passagem que dava acesso à arena.
- Eis que chega, directamente da cidade do riso, no país da gargalhada... o palhaço Barbalhotas!
Ao ouvir o seu nome, atirou para o lado o pano que tapava a entrada e correu para a arena. O público aplaudia com força, pois já o conheciam e gostavam muito das suas brincadeiras e piadas. Primeiro começou por um número de malabarismo com bolas em que estas estavam presas com fios para não as deixar cair, acabando por se ensarilhar todo nos fios. Depois passou para a magia. Tentou tirar um coelho da cartola, mas este mordeu-o. Claro que era tudo feito porque o coelho era de peluche. As crianças não se aguentavam de tanto rir e gritavam por ele. O espectáculo continuou com mais uma série de tropelias que tinha preparadas para aquela noite. No fim do seu número, despediu-se com um vénia e, como fazia todas as vezes antes de sair, gritou para todas as crianças.
- Bom noite pirilampos!
Aquela era a única coisa que se lembrava da sua mãe. Quando ele era pequeno e ela o deitava na cama dizia-lhe sempre “boa noite pirilampo”. O trabalho do palhaço Barbalhotas era pôr todos felizes, algo que ele fazia melhor do que ninguém, mas a única pessoa que ele não conseguia pôr feliz era a si próprio. O Barbalhotas vivia triste, apesar de estar rodeado de pessoas que o adoravam, como o senhor Ambrósio, que o recolhera quando a mãe deixou de poder tomar conta dele, o palhaço Bonifácio, que o criou como se fosse seu filho, a Dalila, domadora de serpentes, em cujo ombro ele já tinha chorado muitas vezes, assim como muitos outros, tantos como as pessoas que viviam naquele circo. Mesmo assim continuava triste porque o único sonho que tinha na vida era encontrar a mãe que, um dia, devido às dificuldades da vida, se vira obrigada a deixá-lo ali no circo. O senhor Ambrósio tinha-a conhecido e ficara tão comovido com a sua história que aceitara receber e criar a criança. Agora, a criança tinha crescido e sonhava com a mãe de que mal se lembrava. Recordava-se dos olhos azuis como os dele, da voz doce e musical com que lhe dizia, todas as noites, “boa noite pirilampo”, do calor dos lábios com que ela o beijava na testa para ele adormecer e do sorriso maravilhoso que o enchera sempre de alegria e segurança.
Como em todos os espectáculos, em todas as cidades, no fim do seu número, sentava-se na sua cadeira, em frente ao seu espelho, e começava, lentamente, a limpar o rosto. Os colegas que passavam davam-lhe uma palmada nas costas a felicitá-lo por mais uma actuação fantástica, e, como em todos os espectáculos, em todas as cidades, no fim do seu número, havia pessoas que queriam falar com ele. Ele gostava de falar com as pessoas, principalmente quando eram crianças, que se atiravam ao pescoço dele e o abraçavam com uma força que não seria de esperar de alguém tão pequeno e com uns bracinhos tão finos. Naquele noite, mais uma vez, teve três crianças penduradas no seu pescoço, uma senhora que lhe levou umas flores e um pai que queria tirar uma fotografia para o seu filho pequeno que tinha muita vergonha e se agarrava com muita força às pernas da mãe. Mas, aquela noite, não foi como todas as noites porque, depois de todas as visitas saírem, uma senhora manteve-se de pé, alguns passos atrás dele, sem dizer nada. Só passado um bocado é que ele se deu conta de que alguém estava ali. Lentamente, rodou na cadeira e olhou para uns belos olhos azuis, cercados de rugas e cheios de lágrimas. Viu um enorme sorriso a abrir-se e uma voz doce e melodiosa a dizer.
- Olá pirilampo.
Sentiu os seus olhos a encherem-se de lágrimas, mas desta vez não era de saudades da mãe, era de alegria, pois ela estava ali, em frente dele! Deu um salto e abraçou-a com força durante uma eternidade.
- Como eu procurei por ti, meu filho. - Disse ela. - Na altura em que te deixei aqui no circo estava tão doente que nunca mais me recordei do nome dele. Nunca pensei que continuasses no circo, muito menos que te tornasses artista, mas hoje, na rua, ouvi uma criança a falar com a mãe e a perguntar sobre este circo: “é este o circo do palhaço que diz boa noite pirilampos?”, e a mãe respondeu que sim. Estas palavras lembraram-me de ti e tive que vir ver com os meus olhos se esse tal palhaço era o meu filho que eu perdera tantos anos atrás.
- Sou eu, mãe, sou eu. - Disse ele. - Isto quer dizer que agora podemos viver juntos outra vez? - Perguntou ele, cheio de esperança.
- Ó meu filho. - Disse ela. - A tua vida agora é aqui, no circo, e a minha... a minha não é em lado nenhum.
- Então a tua vida é agora aqui no circo também! - Virou-se para todos os outros artistas, que tinham parado tudo o que estavam a fazer e agora só olhavam para eles e perguntou. - Não acham?
- Podes ter a certeza! - Responderam todos.
E foi assim que o palhaço Barbalhotas reencontrou a felicidade que, durante muitos anos, só conseguira dar aos outros.
- Pipocas, pipocas quentinhas! Quem quer pipocas!
Alguns pais compravam as pipocas, outros, para desespero dos filhos, não queriam. Era irresistível aquele cheiro a pipocas doces, sempre que o vendedor passava.
Assim era o circo, pelo menos aquele circo. Viajava de cidade em cidade, montando a sua enorme tenda, suportada por dois pilares e de pano às cores. Os animais atraíam sempre as atenções para os carros-jaula que estavam virados para quem passava. Podiam-se ver os leões, os tigres, o urso cinzento, os camelos e os pequenos e engraçados póneis. O espectáculo começava sempre com a entrada do senhor Ambrósio, o dono do circo. Era dele o trabalho de apresentar os artistas. Facilmente se via, pela sua barriga grande, que ele não era nenhum deles. O que poucos sabiam era que o senhor Ambrósio, nos seus tempos de juventude, fora um famoso trapezista. Vestido com o seu casaco vermelho bordado a ouro, entrava na arena de microfone na mão. As luzes apagavam-se todas, ficando apenas um foco que o iluminava desde o tecto da tenda.
- Senhoras e senhores. - Começou ele. - Meninas e meninos, bem vindos ao Circo Internacional! - Aqui fazia sempre uma pausa e esperava pelo aplauso do público. Nunca falhava.
- Hoje temos para vocês leões amestrados, cães que jogam futebol, trapezistas, magia, habilidade e um sem número de coisas fantásticas... - Fez nova pausa, para dar mais força ao que ia dizer de seguida. - E o nosso querido palhaço Barbalhotas! - Dizia sempre o nome “Barbalhotas” com toda a força que os seus pulmões lhe permitiam. A plateia explodiu em aplausos, pois este palhaço era muito querido de todos, miúdos e graúdos
- E agora. - Continuou o senhor Ambrósio. - Que o espectáculo comece! - Dizendo isto, afastou-se, desaparecendo no escuro, e sendo substituído na atenção da luz pelos irmãos Zeffireli, os dois equilibristas, que entravam sempre na arena a dar cambalhotas.
Nos camarins, onde os artistas se preparavam para os seus números, o palhaço Barbalhotas pintava lentamente o rosto. Primeiro colocava uma base de tinta branca, depois vermelha nas bochechas, o que lhe dava um ar bem cómico, um pouco de preto fazia realçar os seus olhos azuis como lagoas sob o sol num dia de Verão, e à volta dos lábios, dois grossos traços carmim. Além destes traços, improvisava sempre novas combinações de cores. Podia ver reflectido no seu espelho, rodeado de lâmpadas, todos os seus colegas artistas a correrem de um lado para o outro. O circo que, para quem o vê sentado na bancada, é um continuar de números fantásticos, realizados por pessoas felizes e extraordinárias, é, para quem está atrás do pano, uma corrida para que tudo funcione direito e sem falhas. Artistas entravam, suados e de respiração ofegante, após terminarem a sua parte, cruzando-se com artistas que saíam para, por sua vez, darem ao público aquilo que tinha vindo ver.
O Barbalhotas ficava sempre sentado na sua cadeira até ouvir chamar o seu nome. Ainda era novo, um jovem rapaz, um pouco magro, o que o ajudava a ter mais piada, mas com muita genica. Apesar disso, já era palhaço há muitos anos, pois já viva no circo desde muito pequeno. Desde os tempos do palhaço Bonifácio, que tinha sido mais do que um pai para ele, que tinha mostrado ser um palhaço com muito talento. O Bonifácio tinha cuidado dele desde pequeno, desde o primeiro dia em que ele tinha chegado ao circo. Fora ele que o criara e lhe ensinara tudo o que ele sabia. Já na altura o Bonifácio tinha uma idade avançada e poucas forças para continuar a fazer “palhaçadas”, como costumava dizer. Por isso, ele tinha começado cedo a ser o palhaço do circo, dando um descanso ao velhote, que agora se dedicava a vender pipocas.
- E agora. - Ouviu o senhor Ambrósio a dizer. - Senhores e senhoras, meninos e meninas, chegou o momento que tanto esperavam! - Levantou-se e dirigiu-se para a passagem que dava acesso à arena.
- Eis que chega, directamente da cidade do riso, no país da gargalhada... o palhaço Barbalhotas!
Ao ouvir o seu nome, atirou para o lado o pano que tapava a entrada e correu para a arena. O público aplaudia com força, pois já o conheciam e gostavam muito das suas brincadeiras e piadas. Primeiro começou por um número de malabarismo com bolas em que estas estavam presas com fios para não as deixar cair, acabando por se ensarilhar todo nos fios. Depois passou para a magia. Tentou tirar um coelho da cartola, mas este mordeu-o. Claro que era tudo feito porque o coelho era de peluche. As crianças não se aguentavam de tanto rir e gritavam por ele. O espectáculo continuou com mais uma série de tropelias que tinha preparadas para aquela noite. No fim do seu número, despediu-se com um vénia e, como fazia todas as vezes antes de sair, gritou para todas as crianças.
- Bom noite pirilampos!
Aquela era a única coisa que se lembrava da sua mãe. Quando ele era pequeno e ela o deitava na cama dizia-lhe sempre “boa noite pirilampo”. O trabalho do palhaço Barbalhotas era pôr todos felizes, algo que ele fazia melhor do que ninguém, mas a única pessoa que ele não conseguia pôr feliz era a si próprio. O Barbalhotas vivia triste, apesar de estar rodeado de pessoas que o adoravam, como o senhor Ambrósio, que o recolhera quando a mãe deixou de poder tomar conta dele, o palhaço Bonifácio, que o criou como se fosse seu filho, a Dalila, domadora de serpentes, em cujo ombro ele já tinha chorado muitas vezes, assim como muitos outros, tantos como as pessoas que viviam naquele circo. Mesmo assim continuava triste porque o único sonho que tinha na vida era encontrar a mãe que, um dia, devido às dificuldades da vida, se vira obrigada a deixá-lo ali no circo. O senhor Ambrósio tinha-a conhecido e ficara tão comovido com a sua história que aceitara receber e criar a criança. Agora, a criança tinha crescido e sonhava com a mãe de que mal se lembrava. Recordava-se dos olhos azuis como os dele, da voz doce e musical com que lhe dizia, todas as noites, “boa noite pirilampo”, do calor dos lábios com que ela o beijava na testa para ele adormecer e do sorriso maravilhoso que o enchera sempre de alegria e segurança.
Como em todos os espectáculos, em todas as cidades, no fim do seu número, sentava-se na sua cadeira, em frente ao seu espelho, e começava, lentamente, a limpar o rosto. Os colegas que passavam davam-lhe uma palmada nas costas a felicitá-lo por mais uma actuação fantástica, e, como em todos os espectáculos, em todas as cidades, no fim do seu número, havia pessoas que queriam falar com ele. Ele gostava de falar com as pessoas, principalmente quando eram crianças, que se atiravam ao pescoço dele e o abraçavam com uma força que não seria de esperar de alguém tão pequeno e com uns bracinhos tão finos. Naquele noite, mais uma vez, teve três crianças penduradas no seu pescoço, uma senhora que lhe levou umas flores e um pai que queria tirar uma fotografia para o seu filho pequeno que tinha muita vergonha e se agarrava com muita força às pernas da mãe. Mas, aquela noite, não foi como todas as noites porque, depois de todas as visitas saírem, uma senhora manteve-se de pé, alguns passos atrás dele, sem dizer nada. Só passado um bocado é que ele se deu conta de que alguém estava ali. Lentamente, rodou na cadeira e olhou para uns belos olhos azuis, cercados de rugas e cheios de lágrimas. Viu um enorme sorriso a abrir-se e uma voz doce e melodiosa a dizer.
- Olá pirilampo.
Sentiu os seus olhos a encherem-se de lágrimas, mas desta vez não era de saudades da mãe, era de alegria, pois ela estava ali, em frente dele! Deu um salto e abraçou-a com força durante uma eternidade.
- Como eu procurei por ti, meu filho. - Disse ela. - Na altura em que te deixei aqui no circo estava tão doente que nunca mais me recordei do nome dele. Nunca pensei que continuasses no circo, muito menos que te tornasses artista, mas hoje, na rua, ouvi uma criança a falar com a mãe e a perguntar sobre este circo: “é este o circo do palhaço que diz boa noite pirilampos?”, e a mãe respondeu que sim. Estas palavras lembraram-me de ti e tive que vir ver com os meus olhos se esse tal palhaço era o meu filho que eu perdera tantos anos atrás.
- Sou eu, mãe, sou eu. - Disse ele. - Isto quer dizer que agora podemos viver juntos outra vez? - Perguntou ele, cheio de esperança.
- Ó meu filho. - Disse ela. - A tua vida agora é aqui, no circo, e a minha... a minha não é em lado nenhum.
- Então a tua vida é agora aqui no circo também! - Virou-se para todos os outros artistas, que tinham parado tudo o que estavam a fazer e agora só olhavam para eles e perguntou. - Não acham?
- Podes ter a certeza! - Responderam todos.
E foi assim que o palhaço Barbalhotas reencontrou a felicidade que, durante muitos anos, só conseguira dar aos outros.
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