Nunca é tarde para começar a investir. Exige esforço, disciplina e bastante atenção, mas é um processo recompensador. Esse é o pensamento vem crescendo perante a população brasileira, mas um detalhe deve ser corrigido o quanto antes: ainda acredita-se que a poupança é um tipo de investimento.

Dentre os investidores, grande parte ainda aplica na caderneta com a ideia de que é possível ter bons retornos aliados à segurança. No entanto, é preciso compreender melhor como a poupança funciona atualmente para analisar com mais cautela a possibilidade de depositar parte do patrimônio nessa conta.

Criada em 1861, por Dom Pedro II, a caderneta tinha, como o próprio nome sugere, o objetivo de poupar dinheiro. Para isso, os depósitos eram remunerados a 6% ao ano; na prática, esse valor era a rentabilidade do investimento — ainda feito em réis. Com o tempo, o modelo de rendimento do juros da poupança foi modificado e, hoje, depende de algumas taxas, como a Selic e a Referencial.

Por essa razão, a forma de a poupança ser calculada permitiu que seu retorno variasse conforme o tempo e nem sempre fosse interessante para os investidores. Como resultado, é possível encontrar outras aplicações bem mais rentáveis e igualmente seguras, fazendo com que a caderneta perca seu valor; mesmo assim, ela ainda faz parte de um costume enraizado na cultura dos brasileiros, que ainda têm receio de investir em outros ativos.


O cálculo da poupança


Como dito anteriormente, a poupança é calculada de acordo com a Selic e a taxa referencial. Essa conta é bastante simples de ser feita, mas existe uma regrinha básica para que o valor seja definido. Antes disso, no entanto, é importante conhecer como as taxas são medidas; afinal, periodicamente elas sofrem variação.

A Selic, que nada mais é do que a taxa básica de juros da economia brasileira, é determinada pelo Comitê de Política Monetária, COPOM, em reuniões feitas oito vezes ao ano, de seis em seis semanas, em média. A cada encontro, essa taxa pode ou não variar, sendo que, pela quinta vez, ela manteve-se em 6,5% ao ano.

Já a Taxa Referencial, ou TR, é calculada também pelo Banco Central do Brasil mensalmente por meio de uma média ponderada das 30 principais taxas de juros de CDBs prefixados do país. Eliminam-se os dois valores menores e os dois maiores dessa média, que tem como base o dia de referência, ou seja, o dia útil posterior.

Explicadas as taxas, o cálculo da poupança torna-se mais simples. Existem duas formas de defini-la, de acordo com a taxa Selic:

- caso ela esteja acima de 8,5% ao ano, a rentabilidade da caderneta será 0,5% ao mês + TR,
- caso ela esteja igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento torna-se 70% da Selic + TR.

A poupança hoje

Atualmente, a poupança é definida por meio da segunda regra, pois estar a 6,5% ao ano. Feitos os cálculos, o retorno da caderneta fica em 4,55% ao ano, visto que a TR está zerada. Na prática, significa que investir R$100 hoje, renderia apenas R$4,55 no fim do próximo ano.

Esse não é um bom rendimento! Ainda que supere a inflação, existem outras diversas aplicações que podem trazer melhores resultados. A longo prazo, então, sequer pode ser considerada um investimento, pois tem mais objetivo de guardar o dinheiro, como uma conta corrente convencional, do que de multiplicá-lo.

Além disso, ao contrário do que se possa imaginar, outros investimentos em renda fixa podem ser tão seguros quanto a caderneta. Uma boa dica é manter a carteira de ativos diversificada, sempre de acordo com o perfil de investidor; assim, é possível equilibrar os rendimentos e sempre obter bons resultados.


Onde investir?

Investir em alternativas à poupança é uma tarefa muito simples. Os títulos de renda fixa, principalmente o Tesouro Direto, são bastante seguros, mas com rentabilidade mais vantajosa. A diferença no momento da aplicação é conhecer quais são os objetivos e perfil de investidor.

Isso porque existem outros fatores que podem influenciar na escolha de ativos, como o prazo para resgate, liquidez e aporte inicial. Fundos de emergência, por exemplo, combinam melhor com o Tesouro Direto ou os CDBs, pois possuem liquidez diária, ou seja, é possível resgatá-los com facilidade.

De maneira geral, os títulos da renda fixa são excelentes para quem deseja sair da poupança sem ficar com o pé atrás. A maior parte deles ainda é coberta pelo Fundo Garantidor de Crédito, que ressarce o investidor em caso de prejuízo por falência da instituição concessora do título.

O mais importante é manter a carteira diversificada, isto é, um conjunto de ativos de diferentes origens, para que haja uma compensação e não cause prejuízo ao investidor. Hoje, é possível contar com o apoio de consultorias especializadas que fazem uma pesquisa completa para encontrar quais investimentos são ideais.

Sucesso, Saúde, Proteção e Paz!

1 Comentários

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  1. Verdade tenho a caderneta de poupança mas hoje procuro fazer aplicações no mercado mercado financeiro. Principalmente tesouro direto vale a pena.

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