Existe ou não existe ladrão de idéias?
Você já teve uma idéia roubada?
Ou ladrão de idéia é coisa de pessoa que tem Alto Ego que querem ser o centro das atenções?
Você está em uma reunião de trabalho, tentando encontrar a solução para um problema. As ideias estão no ar, mas nenhuma se destaca. Do nada, algo brilhante vem à sua mente. Há uma longa pausa, mas logo a sala entra novamente no caos.
Uma semana depois, seu chefe apresenta exatamente a mesma ideia. O grupo comemora a genialidade dele, e ele parece genuinamente orgulhoso. Mas você passa o resto do dia ruminando como mostrar ao mundo que ele nada mais é do que um impostor.
Para muitas pessoas, situações como essa são bastante familiares. Em uma pesquisa realizada em 2015 com mil profissionais, um em cada cinco chefes admitiu que regularmente rouba ideias de seus funcionários.
E o que é pior: todos os entrevistados confessaram já ter feito isso pelo menos uma vez. Além disso, quase metade deles sentiu que suas ideias já foram roubadas para fazer com que outra pessoa parecesse mais competente.
Mas é bom destacar: há estudos científicos que mostram que, em muitos casos, seus colegas não percebem o que estão fazendo.
A culpa é da criptomnésia, uma falha de memória pouco conhecida que faz com que tomemos uma lembrança como um pensamento novo. Literalmente, significa "memória oculta".
Do sucesso musical que lembra os acordes de uma canção mais antiga ao cirurgião que alega ter sido o pioneiro de uma técnica que já é usada há anos, a criptomnésia já foi citada em famosos casos de plágio.
Uma maneira de tentar entender essa falha de memória é responder a estas perguntas: Como você soube da morte de David Bowie? Ou quando aprendeu o que é um emoji?
uando pensamos a respeito, percebemos que é muito difícil identificar a origem de um conhecimento. Isso acontece porque há dois tipos de memória de longo prazo que podem ser evocadas conscientemente.
Uma delas é a memória episódica, que é uma espécie de linha do tempo de experiências pessoais, uma atrás da outra.
A outra é a memória semântica, aquela que se lembra do conhecimento que você adquiriu ao longo da vida - das capitais do mundo às equações matemáticas.
Esse sistema duplo ajuda uma recordação a ser muito mais eficiente - você não precisa lembrar que professor o ensinou que Paris é a capital da França para saber a informação.
Mas sem seu contexto original, ideias das quais nos lembramos podem dar a falsa sensação de se tratar de algo novo. E se você realmente se lembrar que usou uma sugestão dada na última reunião, é muito possível que você nem se lembre de quem deu aquela ideia.
Se repararmos bem, esse tipo de escorregada inocente acontece com uma frequência desconcertante: quando percebemos que acabamos de fazer uma piada para a mesma pessoa que a inventou, ou quando vemos que nossa argumentação eloquente foi na realidade uma citação de uma reportagem lida horas antes.
Não é um fenômeno raro. "Na maior parte das vezes, andamos por aí com pequenos pedaços de ficção salpicados por nossa memória e nem nos damos conta", afirma Elizabeth Loftus, psicóloga da Universidade de Washington.
Algumas condições externas favorecem a criptomnésia. A primeira é óbvia: uma boa ideia tem mais chances de ser roubada do que uma mais ruim. Mas estudos também mostraram que a credibilidade da pessoa que a sugeriu também conta.
Há também outros sinais: as chances de encontrar um colega se gabando de uma ideia que era sua são maiores se vocês são do mesmo sexo ou se trabalham em ambientes desorganizados onde é difícil registrar quem disse o quê.
Outro problema: o efeito do próximo. A pessoa que fala logo depois de outra em uma reunião tem mais tendência a se apropriar das ideias do colega anterior.
Até mesmo em sessões mais colaborativas há esse risco, já que desenvolver ou analisar uma ideia pode levar à falsa impressão de que se trata de um pensamento coletivo.
Mas nem tudo é tão ruim. Há cada vez mais provas de que essa apropriação de ideias é o preço que se paga pela criatividade. Afinal, como se diz: "Nada se cria. Tudo se copia".
Como é impossível saber se um roubo foi intencional ou inconsciente, Loftus recomenda tomar medidas preventivas. Isso significa manter as reuniões bem organizadas, fazer minutas e prestar muita atenção em quem disse o que.
O Ladrão de Idéias:
Por Tássia JaegerIdeia é algo tão, mas tão valioso, que a gente nem deveria sair dando por aí, assim de graça. Aliás, não deveríamos dar e nem contar à toa. Isso porque, em quem você menos espera, se esconde um ladrão de ideias. Aquele ser mal-intencionado que é incapaz de ter uma boa ideia e, por isso, rouba a dos outros. Geralmente são pessoas sem criatividade e, pior, sem caráter, pois não reconhecem a autoria e recebem os méritos todos para elas. Esses seres andam disfarçados de gente comum e confiável, mas, cuidado, as aparências enganam.
Esses seres mesquinhos são conhecidos por suas grandes orelhas, responsáveis por ouvir tudo que falam ao redor e até a uma certa distância; seus olhos esbugalhados, que nem piscam para não perder nada que se passa; e seu nariz grande, pois têm o faro apurado para saber o que vale ser surrupiado e o que não vale. São seres altos, bem altos, porque eles gostam de estar sempre acima dos outros e fazer com que os demais se sintam pequenos perto deles. Sua cabeça é bem picorrucha em comparação ao corpo, afinal, não há nada dentro dela. E as ideias que eles roubam são guardadas todas na barriga, pois é disso que se alimentam. Portanto, são seres gordos também.
Certamente você imaginou uma criatura, no mínimo, esquisita. Pois é, eu imagino os ladrões de ideias assim, bem feios, afinal, é feio roubar, seja o que for. Afora minha fantasia infantil, é lamentável saber que esses larápios da imaginação alheia podem ser bem parecidos conosco fisicamente. Podem ser nossos amigos, parentes, colegas e até nossos chefes.
Sabemos que nas empresas o profissional criativo, aquele legítimo banco de ideias, é supervalorizado nos dias de hoje. E é ótimo quando isso acontece, desde que esse profissional não acabe sendo a sombra de um gestor que apresente suas ideias o tempo todo como sendo dele, na maior cara de pau. Além de imoral, é bem desmotivante para o funcionário, que nunca se sente reconhecido.
Esses dias, fiquei sabendo de uma história de um ex-emprego meu, onde um colega saiu por aí dizendo que um trabalho (muito bom, modéstia à parte) foi realizado por ele. Oi? Não me lembro de nenhum dedinho dele em nada, exceto na hora de olhar a apresentação final. Captação, planejamento, roteiro e conteúdo foram todos feitos por mim, e ele teve a cara deslavada de dizer que foi ele. Mas ok, águas passadas. Cada um sabe o que tem para oferecer. Tem gente que, infelizmente, não tem nada seu. Em outra situação, tive uma ideia bem bacana, bonita e valiosa para um cliente. O mesmo adorou e comprou na hora. Nesse caso, nenhum parabéns da chefia, afinal, a ideia não veio de cima, então não podia ser tão boa assim.
Em muitos casos você não terá provas para desmascarar esse ser despudorado, ou nem vai valer a pena. Então, pense por outro lado. Ponto 1: se sua ideia foi roubada por um chefe, considere um elogio, pois é sinal de que realmente era boa. No fundo, ele sabe que a ideia não é dele. “Durma com esse barulho, querido”. Ponto 2: se foi roubada por um colega, tenha certeza daquilo que você sempre desconfiou, ou seja, de que ele é um banana puxa-saco e de que de onde veio sua ideia virão outras várias, já ele, terá que beber de outra fonte que não a mente vazia dele. Ponto 3: se foi por um amigo ou parente, consolemo-nos com as expressões “parente é serpente” e “amigo da onça”. Resumo da ópera: nem todos têm a maturidade de reconhecer a ideia boa vinda do outro e, por isso, agem de forma desonesta. A dica que lhe dou é: se você já passou por isso e não foi reconhecido, guarde suas ideias e invista em algo seu. Só tem uma pessoa que sai perdendo, e certamente ela não é você.
Tássia Jaeger
Jornalista, pós-graduanda em Comunicação Corporativa, responsável pelo Endomarketing da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, apaixonada por comunicação empresarial e por livros, artigos, revistas, newsletters e palestras que abordem temas como comunicação, gestão de pessoas, psicologia, comportamento e afins. No tempo livre, se não está lendo, está praticando atividades físicas que ela adora.
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Ladrão de Idéias:
Por Jana Viscardi
Podem roubar a sua ideia, mas nunca o seu talento!
Já aconteceu com todos nós. De repente você tem uma ideia boa ou encontra uma solução para algo no trabalho, por exemplo, e alguém decide se apossar dessa ideia ou solução. É tarde demais para reclamar sua propriedade: já a roubaram e você se sente frustrado.Por outro lado, se formos realistas, é possível que você tenha feito o mesmo com a ideia de outra pessoa. É totalmente normal que isso ocorra, mesmo que não pareça ser uma coisa certa ou justa. Isto é, as ideias voam, são livres uma vez proclamadas em voz alta, e ficam expostas a qualquer mente. Na verdade, somos ruins na hora de recordar as fontes, mas somos bons em recordar as ideias.
No entanto, lembre-se sempre disso quando você sentir indignação por algo assim: podem roubar a sua ideia, mas nunca o seu talento e a sua inteligência.
O talento é pessoal
O talento é único, pessoal e intransferível. É uma arma poderosa que fala de nós mesmos e da forma como lidamos com o mundo. Não é algo que se pode emprestar, nem copiar. O talento é natural e só pede para ser reforçado para dar os melhores resultados.
Se você pensa que não tem nenhum talento, está errado: certamente há algo em que você pode explorar tudo o que tem dentro de si. Você só precisa buscar isso com vontade e depois trabalhar nele. Assim, surgirão ideias novas, criações pessoais, ou reflexões interessantes que as outras pessoas poderão tirar de você, mas nunca poderão conceber.
“O talento é profundamente injusto: não se pode transmitir.”
-Vittorio Gassman-
Dedique tempo suficiente a isso e você verá como consegue encontrar o lugar onde pode ensinar tudo o que você vale.
Nunca é tarde demais, nunca é difícil demais e nunca é impossível alcançar. Basta você acreditar em si mesmo e confiar nas possibilidades que as nossas competências oferecem a cada um de nós.
É bom se nutrir da ideia dos outros
Ao contrário do que nos parece quando roubam a nossa, compartilhar uma ideia não é um plano tão ruim. É verdade que o plágio ou a cópia doem, mas a transmissão de conceitos de uma mente para a outra nos nutre como pessoas. No final das contas, é uma forma de difundir conhecimento.
“As ideias são como os seres vivos.
Nascem, crescem, se proliferam, enfrentam outras ideias, e finalmente morrem.”
-Bernard Werber-
De que nos serve ter ideias se não as podemos ver crescer? Para vê-las se tornarem realidade, precisamos impulsioná-las e dar-lhes vida até se converterem em outra coisa ou morrerem.
Se elas são nossas, o justo é que saiam de nós, pois sua finalidade é, afinal das contas, se proliferar entre os demais.
Não há nada de errado no fato de elas nascerem em nós, mas crescerem em outras pessoas.
De fato, ao longo da história, as gerações posteriores aproveitaram constantemente os conhecimentos e as ideias de gerações anteriores. Dessa forma, devemos as comodidades do nosso presente a aqueles que compartilharam a sua sabedoria e, assim, o seu talento conosco. Por esta razão, é benéfico respeitar uma ideia que tenha um companheiro, e que ao mesmo tempo ajudemos a desenvolvê-la sem lhe tirar o mérito que este merece.
O talento requer esforço
Como dissemos acima, o talento é natural, mas necessita ser trabalhado com esforço. Na verdade, se queremos potencializá-lo de alguma forma, devemos geri-lo de forma adequada: focalizar o lugar onde ele pode se desenvolver e ter uma atitude correta para fazer isso.
Ninguém pode tirar isso de nós, uma vez que o conquistarmos. Se temos talento dentro de uma empresa, encontraremos o caminho para demonstrar isso; mesmo que roubem as nossas ideias, reflexões ou projetos. O talento é algo que é observado quando se explora ao máximo.
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A Mente é Maravilhosa.
Amei, amei a cara nova do blog ficou maravilhoso! Parabéns
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