Nós dizíamos nesta manhã, que todos precisam de um pai e uma mãe espiritual. A mãe tem uma disponibilidade afetiva, está sempre com os braços abertos. A figura do pai está necessariamente ligada a lei. E isto é fácil para a gente entender. A mãe e a criança estão ligadas, primeiro ela tem que segurar a criança no útero, ou do contrário ela perde a criança, depois no colo, mas depois a mãe quer segurar a criança em casa. O pai põe um limite na ligação entre a mãe e a criança, sem quebrar esta ligação.
As vezes pensamos que o pai entra para separar o filho da mãe, mas o papel do pai é o equilíbrio, e isso faz com que os nossos filhos cresçam no equilíbrio. Acontece hoje na sociedade uma crise, ninguém quer ser pai, ninguém quer ter limite. Mas alguém precisa assumir o encargo de colocar limites, e sabemos o quanto isso é necessário.
É importante para você que é pai, assumir essa missão de ser ‘lei,’ de ser limite. Outra coisa importante: mesmo onde não exista um pai biológico, alguém precisa assumir o papel de pai, e deve ser do sexo masculino. Faz parte do desígnio de Deus que dentro da família real, a figura masculina ser aquele que põe limite, e alguém precisa assumir a realidade de pai.
Como colocar esses limites? É importante compreender este limite, e para isso o pai precisa de uma virtude fundamental, a magnanimidade, que quer dizer “Alma grande”. O pai precisa ser magnânimo “A águia não se alimenta de mosca”, a águia que é de alma grande não come animais pequenos somente os grandes.
O pai não deve se preocupar com pequenos defeitos e sim com os grandes. Você não deve encher a vida do seu filho de regrinhas, porque as regrinhas desgastam a autoridade do pai. A mãe é responsável pelas pequenas regrinhas, e é exatamente por isso que a autoridade da mãe se desgasta, e quando ela quer dar uma ordem grande, e porque a autoridade dela já está desgastada então ela diz, bem então vou falar com o seu pai.
Porque isso? É natural que a criança tenha mais cumplicidade com a mãe, porque eles viveram juntos nove meses. Uma dica aos pais. Um excelente educador disse: ‘Não dê mais de uma ordem por mês, não explique muito’. Não mande demais, mande somente coisas importantes. Existe aí uma sabedoria de não gastar a autoridade do pai. É como uma faca se você usa demais, ela gasta. E quando você precisar ela não vai funcionar.
A tendência dos filhos é querer a liberdade dos adultos, mas não querem as responsabilidades dos adultos. Se o seu pai não coloca as regras não se preocupe, porque a sociedade lhe colocará limites.
Com fonte de Canção Nova - O Papel espiritual do Pai